quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Quem não se defende, apanha…

3 de dezembro de 2014 | 22:42 Autor: Fernando Brito



Ainda assisto à interminável sessão de votação do Congresso para decidir sobre as mudanças na lei orçamentária.

Dá a impressão que o governo, com maioria, é uma ínfima minoria.

E que o PT é um partido nanico, com meia-dúzia de deputados.

E que a oposição, com 20% dos votos, tem 80% do plenário.

Ronaldo Caiado, aos berros, domina a cena.

O DEM e o PSDB não saem do microfone.

O PMDB, que só existe na sessão pela presença (ou quase ausência) de Renan Calheiros, deixa correr frouxo.

Cada intervenção, mesmo que seja o tradicional “como vota o partido tal” vira uma novela mexicana.

Ninguém – exceto numa intervenção do bom deputado Henrique Fontana – reage às barbaridades que estão sendo ditas.

O mínimo é chamar a Presidenta de criminosa.

Pouquíssimos da base, Jandira Feghalli e Miro Teixeira, intervêm, e moderadamente.

No finalzinho, Lindbergh Faria fez uma boa fala.

Mas em 99% do tempo, ninguém bate-boca.

É evidente a falta de comando político.

Menos mal que se vá conseguir o quórum, ao que parece.

Fontana explica que não se fala para respeitar o regimento. A oposição fala todo o tempo e aí o regimento não vale, porque não rege.

Mas o cenário parlamentar é desolador.

Não há nada mais urgente para Dilma Rousseff que definir o seu Ministro da Política.
 
 
 
Tijolaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário