O colunista Jânio de Freitas afirma que, enquanto outros países se esforçam para combater notícias falsas, no Brasil elas são produzidas pelo ocupante da Presidência da República: "o país em que o presidente é produtor oficial e contumaz de notícias falsas. Com uso não só da internet, mas de todo o sistema de comunicação informativa do país", escreve;" O 'ministério de técnicos', a 'recuperação da moralidade pública', a 'retomada do crescimento ainda neste ano' (de 2016!), e tantas balelas mais, formam uma estrada imoral de mão única", enumera
16 DE MARÇO DE 2017
247 - O colunista Jânio de Freitas afirma que, enquanto outros países se esforçam para combater notícias falsas, no Brasil elas são produzidas pelo ocupante da Presidência da República: "o país em que o presidente é produtor oficial e contumaz de notícias falsas. Com uso não só da internet, mas de todo o sistema de comunicação informativa do país", escreve.
"O que Fernando Henrique e Gilmar Mendes pretendem aceitável é a maior causa da grande mentira eleitoral, o mito das eleições livres e limpas no Brasil. Lembre-se, a propósito, que as contas da campanha presidencial de Fernando Henrique foram recusadas pela Justiça Eleitoral, com um grande rombo apesar da contabilidade conveniente. Como diz Carlos Ayres Britto, com brilhante passagem pelo Supremo, o caixa 2 'é eticamente espúrio e juridicamente delituoso'.
Michel Temer repete, com a esperança de que o país o ouça, serem as críticas ao projeto de 'reforma' da Previdência movidas apenas por interesses. Nega perdas: 'Cerca de 63% dos trabalhadores terão aposentadoria integral, porque ganham salário mínimo. Quem pode insurgir-se é um grupo de 27%, 37%'.
À parte a dupla indecência que está na proporção dos recebedores de salário mínimo e no valor dele, já desmoralizantes da Previdência e da 'reforma', o projeto do governo fere sobretudo os mais carentes. Os de salário mínimo integram a grande multidão que começa a trabalhar mais cedo, na puberdade ainda. Exigir-lhes mais cinco ou dez anos de trabalho, para chegar à nova idade mínima de aposentadoria, é um ônus desumano. E negá-lo é mentir ao país.
O "ministério de técnicos", a "recuperação da moralidade pública", a "retomada do crescimento ainda neste ano" (de 2016!), e tantas balelas mais, formam uma estrada imoral de mão única. Na qual foi erguido há pouco um monumento à indignidade. Recusar-se a reconhecer uma autoria legítima é uma usurpação, seja ou não em proveito próprio. No caso, era.
Michel Temer saiu-se com a bobagem de que "a paternidade da transposição do São Francisco é do povo brasileiro". Sua forma de negar a autoria de Lula, em áspera batalha técnica e de comunicação, e a difícil continuidade assegurada por Dilma. Citou valores errados, sempre em seu favor. E inventou a entrega de 130 mil cisternas."
Brasil 247
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