Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A decisão do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul de rejeitar o recurso apresentado pelos paraguaios para anular a suspensão do país do bloco é definitiva, segundo os negociadores brasileiros que acompanham o tema. Na tentativa de reverter a medida, os paraguaios prometem recorrer a outras instâncias do bloco. Porém, a tendência, de acordo com os negociadores, é ser mantida a suspensão até abril de 2013, quando haverá eleições gerais no Paraguai.
No sábado (21), o tribunal considerou-se impedido de analisar o
pedido e rejeitou a ação encaminhada pelo Paraguai. No recurso, os
paraguaios também apelavam para a anulação da incorporação da Venezuela
como membro permamente do Mercosul, pedido que também foi recusado.
Em 17 páginas, o tribunal informou que os cinco magistrados que
compõem a Corte rejeitaram a apelação. O texto detalha o encaminhamento
do recurso apresentado pelo governo do Paraguai e esclarece que “não
estão presentes os requisitos para a admissibilidade” do processo. A
conclusão é expressa em seis itens.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul, por decisão unânime dos
presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Argentina, Cristina Kirchner, e
do Uruguai, José Pepe Mujica, logo depois do processo de impeachment
que destituiu o presidente Fernando Lugo. Para os líderes políticos
sul-americanos, houve ruptura da ordem democrática no Paraguai e, por
isso, foi decidida a suspensão do país do bloco.
No entanto, o governo do presidente Federico Franco, que sucedeu
Lugo, nega ameaças à ordem e à democracia. O esforço da equipe de Franco
é retomar o diálogo na região e evitar o isolamento. Na semana passada,
os paraguaios apelaram à Corte do Mercosul. A ação foi analisada
durante três dias e anunciada no sábado.
O recurso apresentado pelo Paraguai foi analisado pelos cinco
titulares do órgão – o presidente, que é o brasileiro Jorge Fontoura, os
argentinos Welber Barral e Carlos Correa, além do uruguaio José Gamio e
do paraguaio Roberto Ruiz Diaz.
Em texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, as
autoridades do do Paraguai indicam que têm esperança na reversão da
suspensão do país das reuniões do Mercosul. Porém, não há informações
referentes às instâncias às quais o país apelará no esforço de mudar o
quadro político atual.
Agência Brasil
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