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Venezuela no Mercosul: “não fizemos pressão”, diz Brasil
Os jornalões brasileiros encontraram um novo
mote para malhar a diplomacia brasileira. Foi dado pela fala do
ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, em uma
emissora de rádio daquele país, de que seu país era contrário à entrada
da Venezuela no Mercosul "nessas circunstâncias" e que o país teria sido
“pressionado pelo Brasil” para concordar com a decisão. O ministro
teria ido além e questionado a própria legalidade da decisão.
A
Venezuela foi admitida no bloco na reunião de sua cúpula, na sexta (22),
em Mendoza. Foi marcada a data de 31 de julho, no Rio, para a
incorporação da Venezuela, que ocorreu após a suspensão do Paraguai,
motivada pelo impeachment de Fernando Lugo. O entrave para a Venezuela
no MERCOSUL era justamente o Senado paraguaio que, ao dar o golpe
afastando o presidente Lugo, criou a situação para o afastamento
provisório do país do centro de decisões do Mercado Comum do Sul.
Resposta do Brasil
Marco Aurélio Garcia
“Não
fizemos pressão sobre nenhum país. Foi uma decisão tomada pelos três
presidentes e suas chancelarias, refletiu um consenso político. O Brasil
não faz isso e menos ainda o faria em relação a governos com os quais
temos uma associação tão íntima, seja do ponto de vista geopolítico,
seja do ponto de vista inclusive pessoal, como são os governos do
Uruguai e da Argentina”, disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial
da Presidência da República para Assuntos Internacionais, ao rebater
declarações do chanceler do Uruguai, Luis Almagro. "Isso não corresponde
ao estilo da política externa brasileira e menos ainda da presidenta
Dilma", afirmou ele.
De acordo com Marco Aurélio Garcia, a
decisão de incluir a Venezuela no Mercosul foi proposta pelo presidente
do Uruguai, José Mujica, e acatada pelos demais países. Marco Aurélio
afirmou ter conversado com o presidente Mujica nesta segunda-feira e
obtido confirmação do posicionamento daquele país, favorável à
Venezuela. "Foi uma decisão unânime e uma decisão que refletiu um
consenso político. Portanto, não corresponde a tese de que nós teríamos
feito algum tipo de pressão sobre qualquer governo”.
(Foto: José Cruz/ABr)
Blog do Zé Dirceu
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