Por Carlos J. R. Araújo
Comentário ao post "Ayres Britto completa a desconstrução do direito de resposta"
O Ayres de Britto nunca teve o "perfil" - se é que isto, em termos
profissionais e psicológicos, possa assim ser entendido - exigido e
esperado de alguém para exercer a magistratura no STF. Ali requer outro
tipo de gente, seja sob a ótica puramente jurídica, seja pelo
complemento profissional, cultural e psicológico. Explico.
Ele sempre me pareceu um personagem quase burlesco, decerto
embaralhado numa montanha de livros outros - dito de outro modo, uma
cultura livresca mal administrada. E deu no que deu. Quando enuncia um
voto, permeia tudo com picuinhas literárias (algumas inadequadas, senãoi
risíveis, para o caso objeto da sua manifestação jurídica). Um arlequim
no lugar errado. Enfim, sempre me pareceu uma figura inadequada pra o
STF.
E por quê digo isto? Simples. Ali, afora as qualidades
técnico-profissionais, exige-se outra personalidade, ainda que
comprometida com interesses outros. Um homem de personalidade fraca não
combina com o STF. Este tipo de personalidade é facilmente manietado e
utilizado por detentores de interesses escusos. É o caso do seu papel no
episódio na morte da Lei de Imprensa - afora o seu papel no caso do
mensalão, verdadeiro "maria vai com as outras", como os demais, à
exceção de Lewandowski. Rui Barbosa tinha razão, quando afrontava o STF
desde o tempo de Floriano Peixoto. É hora da sociedade afrontá-lo, já
que as instituições (OAB, MP e entidades outras) silenciam e coonestam a
loucura de hoje.
Blog do Luis Nassif
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