quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O perfil de Ayres Britto

Por Carlos J. R. Araújo


O Ayres de Britto nunca teve o "perfil" - se é que isto, em termos profissionais e psicológicos, possa assim ser entendido - exigido e esperado de alguém para exercer a magistratura no STF. Ali requer outro tipo de gente, seja sob a ótica puramente jurídica, seja pelo complemento profissional, cultural e psicológico. Explico.
Ele sempre me pareceu um personagem quase burlesco, decerto embaralhado numa montanha de livros outros - dito de outro modo, uma cultura livresca mal administrada. E deu no que deu. Quando enuncia um voto, permeia tudo com picuinhas literárias (algumas inadequadas, senãoi risíveis, para o caso objeto da sua manifestação jurídica). Um arlequim no lugar errado. Enfim, sempre me pareceu uma figura inadequada pra o STF.
E por quê digo isto? Simples. Ali, afora as qualidades técnico-profissionais, exige-se outra personalidade, ainda que comprometida com interesses outros. Um homem de personalidade fraca não combina com o STF. Este tipo de personalidade é facilmente manietado e utilizado por detentores de interesses escusos. É o caso do seu papel no episódio na morte da Lei de Imprensa - afora o seu papel no caso do mensalão, verdadeiro "maria vai com as outras", como os demais, à exceção de Lewandowski. Rui Barbosa tinha razão, quando afrontava o STF desde o tempo de Floriano Peixoto. É hora da sociedade afrontá-lo, já que as instituições (OAB, MP e entidades outras) silenciam e coonestam a loucura de hoje.


Blog do Luis Nassif

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