Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que um dos objetivos das medidas anunciadas ontem (21) pelo governo
é evitar demissões no setor produtivo. Além disso, o intuito é
estimular a economia que enfrenta baixo crescimento ante a crise
financeira internacional. As mudanças beneficiam a indústria
automobilística.
“O setor não demitiu até agora, mas já ameaçava dar férias coletivas.
Para evitar que isso acontecesse decidimos adotar medidas”, disse o
ministro que participa de audiência pública na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado para explicar as novas regras de cálculo da
poupança. As medidas estão na Medida Provisória 567.
Ontem (21), Mantega anunciou a redução do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) para a compra de veículos e do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) em qualquer tipo de operação de crédito à
pessoa física. O ministro já admite que a economia não irá crescer 4,5%
em 2012, como defendia até pouco tempo.
Uma das medidas procura beneficiar o setor automotivo e quem pretende
comprar carro novo com a redução do IPI. As alíquotas caem de 11% para
6% (carros até 1.000 cilindradas); de 11% para 6,5% (de 1.000 a 2.000
cilindradas); e de 4% para 1% (utilitários). A desoneração para o setor
vigorará até 31 de agosto e provocará renúncia de R$ 1,2 bilhão para os
cofres federais.
O governo espera ainda que os automóveis tenham desconto no preço de
tabela, que pode chegar a 2,5%. Os bancos, públicos e privados,
prometeram aumentar o volume de crédito, o número de parcelas e, também,
reduzir o valor da entrada para a aquisição do carro novo. Outra
novidade é que o Banco Central passará a liberar até R$ 18 bilhões em depósitos compulsórios
(dinheiro que os bancos são obrigados a recolher à autoridade
monetária) para aumentar os recursos para o financiamento dos
automóveis.
Também foi anunciada a redução do IOF, de 2,5% para 1,5% ao ano, para
todos os tipos de operação de crédito à pessoa física, da mesma maneira
que vigorava no início de 2011. A redução não tem prazo para acabar e o
governo federal deixará de arrecadar R$ 900 milhões em três meses com
essa medida.
Agência Brasil
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