Segundo Yishai, a decisão “é dura, mas simples: pôr todos eles, sem exceção, em prisões e centros de detenção”
O ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, deu polêmicas declarações
nesta quarta-feira (16/05) em relação a um dos temas mais debatidos no
noticiário internacional nos últimos meses: a imigração. Para Yishai, um
ultra-ortodoxo que faz parte do governo de coalizão do
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, todos os imigrantes africanos no
país “deveriam ser presos”.
WikicommonsEli Yishai é ministro do Interior no governo de coalizão de Netanyahu
Segundo ele, a decisão “é dura, mas simples: pôr todos eles, sem
exceção, em prisões e centros de detenção”, afirmou o ministro ao jornal
israelense Hayom, em sua versão online.
“Acho que a maioria deles não (cometem delitos). Mas aqueles que
cometerem, incluindo o delito mais leve, devem ser presos. Desta forma,
eles poderão receber uma bolsa de deportação para ser enviados de volta
aos países de origem. Estamos perdendo o país. Estes incidentes não
ocorriam há três anos”, completou.
Para o ministro, os imigrantes ilegais “não respeitam a lei em Israel, e
a prisão não assusta. Não possuem trabalho e ainda cometem delitos
sexuais e contra a propriedade. Não se pode pôr em perigo a segurança
dos cidadãos de Israel”, completou.
Atualmente, cerca de 60 mil imigrantes vivem ilegalmente em Israel,
sendo a maioria formada por africanos. Em janeiro, o Parlamento do país
já havia criado polêmica ao aprovar uma lei que permite prender por até
três anos os imigrantes ilegais e refugiados, ainda que não sejam
julgados.
As declarações do ministro ocorrem após quatro imigrantes africanos,
que estariam ilegais no país, terem sido detidos acusados de estuprar
uma jovem de 19 anos em Tel Aviv.
O tema da imigração foi amplamente debatido nas últimas semanas por
conta das eleições presidenciais na França e parlamentares na Grécia. O
conservador, e derrotado nas urnas francesas, Nicolas Sarkozy defendia
duras medidas de controle das fronteiras para impedir a entrada de
imigrantes no país.
Na Grécia, o partido neonazista Amanhecer Dourado garantiu
representatividade no Parlamento pela primeira vez com um discurso que
prega a expulsão de todos os imigrantes do país.
Opera Mundi
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