Antes de fazer o pronunciamento atacando os bancos, a presidente Dilma
Rousseff escolheu seu novo ministro do Trabalho: o deputado Brizola
Neto, do PDT do Rio de Janeiro. Foi uma escolha pessoal dela que
desagradou parte dos pedetistas.
Neto do ex-governador Leonel Brizola, o novo ministro, o mais jovem da
Esplanada dos Ministérios, vai substituir Carlos Lupi, que deixou o
governo em dezembro, após denúncias de corrupção.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, só foi informado da indicação horas
antes, em uma conversa com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do
Planalto. Saiu sem comentar a escolha de Brizola Neto, que não era o
preferido dele. Há cinco meses, o PDT vinha pressionando a presidente
para reassumir o comando do Ministério do Trabalho, que se tornou cota
do partido desde o governo Lula.
O silêncio de Lupi é uma amostra da divisão no PDT. Brizola Neto foi
uma escolha pessoal da presidente Dilma. Ele passou o dia tentando
resolver divergências internas no partido. Chegou a cancelar a
entrevista coletiva à imprensa, o primeiro ato de um ministro
confirmado.
Segundo a assessoria, o novo ministro precisa de mais tempo para
conversar dentro do PDT. Em entrevista ao repórter da Globo News, Gerson
Camarotti, Brizola Neto admitiu essas dificuldades. “Existe uma
resistência ou outra, mas nada que não seja passível de a gente superar.
E o Lupi é fundamental nesse processo de unidade partidária”, disse.
Brizola Neto, de 33 anos, se tornará o mais jovem ministro do governo
Dilma. Ele está no segundo mandato de deputado federal. É neto do
fundador do PDT, o ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola,
falecido em 2004.
O PDT tem 26 deputados federais e cinco senadores. A posse de Brizola Neto está marcada para a próxima quinta-feira.
Bom Dia Brasil
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