Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em uma reunião tumultuada, a Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiu convocar hoje (30) dois
governadores para prestar depoimento. Foram convocados os governadores
de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz
(PT). A convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
(PMDB), foi rejeitada pelo plenário da CPMI.
Perillo foi convocado com votação unânime. Ontem (29), ele já havia
informado à CPMI que gostaria de prestar depoimento. Já a convocação de
Agnelo foi aprovada por 16 votos favoráveis e 12 votos contrários. Em
relação ao pedido de convocação de Cabral, 17 parlamentares foram contra
e 11 a favor do seu comparecimento à CPMI.
Perillo e Agnelo terão que prestar esclarecimentos sobre a ligação
com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido com Carlinhos
Cachoeira, ou com a Delta Construção, empresa suspeita de fazer parte de
esquema criminoso investigado pela Polícia Federal, de favorecimento em
contas com o governo.
Durante a votação, o debate ficou entre os aliados do governador
Perillo, que defendiam a votação em bloco, ou seja, tratando de forma
igual os três governadores, e os parlamentares do campo governista, que
alegaram que o grau de envolvimento de Perillo com o suposto esquema
criminoso é bem maior que o envolvimento de Agnelo e Cabral. Com isso,
os líderes governistas exigiram a votação em separado dos nomes dos três
governadores.
"A comissão abre portas para a condenação, mas também pode abrir portas
para as justificativas. Não podemos tratar coisas iguais como coisas
diferentes", disse Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado.
"Não podemos tratar o diferente como igual. Quem faz isso aqui na CPMI
está na tentativa de partidarizar o debate", considerou a senadora
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Agência Brasil
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