A presidenta Dilma Rousseff vetou parcialmente o Código Florestal
aprovado pela Câmara dos Deputados. Nesta sexta-feira 25, o Planaltou
anunciou 12 vetos e 32 modificações no projeto e prometeu enviar uma
nova Medida Provisória na próxima segunda-feira ao Congresso. A ideia é
restaurar pontos do projeto do Senado que foram retirados pelos
deputados e adicionar novos pontos à lei.
Entre os pontos vetados está o artigo que trata da consolidação de
atividades rurais e da recuperação de áreas de preservação permanente
(APPs). O texto aprovado pelos deputados só exigia a recuperação da
vegetação das APPs nas margens de rios de até 10 metros de largura. E
não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas APPs nas
margens de rios mais largos. O projeto era visto como uma “anistia” para
os desmatadores.
Dilma sofreu grande pressão da sociedade para vetar o texto aprovado
pelo Congresso. O projeto de lei, aprovado na Câmara dos Deputados no
final de abril, foi a primeira grande derrota da bancada governista
desde que a presidenta tomou posse. Com o veto parcial, o governo deixa o
texto mais próximo daquele aprovado pelo Senado, que ia ao encontro dos
desejos governistas.
O anúncio foi feito em Brasília pelos ministros da Agricultura,
Mendes Ribeiro, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do
Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. “O veto é parcial em respeito à
democracia e ao Congresso Nacional”, disse a ministra do Meio Ambiente.
“Não admitimos nada que anistie o desmatamento”. Já o ministro da
Agricultura disse que “esse não é o código dos ambientalistas, nem dos
ruralistas. Esse é o código daqueles que tem bom senso”.
Segundo Mendes Ribeiro, os detalhes de todos os vetos serão
publicados na segunda-feira, para que o Congresso Nacional tenha
conhecimento deles junto ao resto da sociedade. Os vetos presidenciais
podem ser derrubados pelo Congresso Nacional, desde que tenham o apoio
da maioria absoluta das duas Casas em votação secreta.
Com informações da Agência Brasil
Carta Capital
sexta-feira, 25 de maio de 2012
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