Priscilla MazenottiRepórter da Agência Brasil
Brasília - O município de Barreirinha, no Amazonas, decretou estado
de calamidade pública por causa da cheia do Rio Negro. As cidades de
Careiro da Várzea e Anamã estão na mesma situação. Além disso, 52
localidades estão em situação de emergência.
A cheia nos principais rios do estado afeta mais de 77 mil pessoas. Ontem (16), o Rio Negro alcançou o maior nível já
registrado na história: 29,79 metros, 2 centímetros acima do verificado
na cheia de 2009, até então considerada a mais intensa. Segundo o
Serviço Geológico do Brasil, o nível do Rio Negro pode ultrapassar os 30
metros.
Em Careiro da Várzea, 95% do município estão alagados. Em Anamã, a
cidade inteira está debaixo d'água. A população está sendo transferida
para abrigos flutuantes, sustentados por boias. O hospital e outras
unidades de saúde também estão funcionando em estruturas flutuantes.
“A nossa maior preocupação, agora, é com relação à moradia, onde
colocar essas pessoas que não têm para onde ir”, disse a enfermeira
Cláudia Galvão de Castro, da Secretaria de Saúde de Anamã.
A Defesa Civil no estado deve distribuir mais de 130 toneladas de cestas básicas, kits
de higiene pessoal, medicamentos e material de limpeza. A Secretaria de
Saúde está fazendo visitas às famílias atingidas pela cheia para
orientar quanto à prevenção de doenças como hepatite e leptospirose.
Até agora, 200 pessoas foram identificadas com diarreia na capital,
Manaus. As famílias também estão recebendo frascos de água sanitária e
sendo orientadas sobre o uso do produto, destinado ao tratamento da água
usada para as atividades domésticas. Mais de 3,7 mil frascos já foram
entregues às famílias, nas zonas sul e oeste da capital.
Agência Brasil
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