Ministro destacou a vantagem de o dinheiro poder ser sacado a
qualquer momento e de o
rendimento ser isento de Imposto de Renda
Para Mantega, bancos privados vão perder clientes se não baixarem suas taxas (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (4) em São Paulo, que apesar das mudanças já vigentes nas regras de rendimento da caderneta de poupança,
o pequeno poupador deve manter suas aplicações. "Para o pequeno
investidor, esta ainda é a melhor aplicação, mais segura e
transparente.” Ele destacou ainda a vantagem de o dinheiro poder ser
sacado a qualquer momento e o fato de ser isento de Imposto de Renda.
Mantega garantiu: “O pequeno poupador deve continuar na poupança e
terá todas as vantagens que a caderneta dá. Também vale a pena, porque a
poupança tende a render igual ou mais que os fundos de renda fixa sem
incidir imposto de renda e taxa de administração”, comentou.
O ministro afirmou ainda que as mudanças na poupança e a queda dos
juros reais para o patamar próximo de 2% ao ano realizam “o sonho de
todo brasileiro”, pois o país pode aumentar o crédito com juros mais
baixos. Mantega disse que taxas mais baixas estimularão o consumo. “Em
vez de comprar uma TV, ele vai comprar uma TV e meia. Quando esse
momento chegar, a inflação deverá estar totalmente sob controle”,
destacou.
Ao participar de seminário "O Brasil 2020: Rumos da Economia",
Mantega também criticou o spread bancário (diferença entre o custo de
captação e o que é efetivamente cobrado do cliente final). “Essa é uma
anomalia que temos de corrigir. Tem gente que paga 200%, 300% (ao ano)
de cheque especial. Isso não pode continuar”, afirmou.
O ministro advertiu que os bancos privados perderão seus clientes se
não trabalharem com taxas menores porque serão pressionados pelos bancos
públicos, que vêm reduzindo os juros desde o início de abril, e farão concorrência.
Em relação à inflação prevista para este ano, o ministro mostrou a
expectativa de que fique "bem mais baixa" que a de 2011. Apostou que
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique entre 4,5% e 5% este
ano ante 6,5% no ano passado.
Rede Brasil Atual
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