Já em Caracas, a presidente Dilma Rousseff decidiu comparecer à posse de
Nicolás Maduro, agora à tarde, para fortalecer o reconhecimento
brasileiro à lisura do processo eleitoral venezuelano; representante dos
Estados Unidos na ONU, Susan Rice, pressionou o chanceler Antonio
Patriota, pedindo para que o Brasil questionasse as eleições do último
domingo
247 - Ao lado de outros 46 chefes de Estado, a
presidente Dilma Rousseff prestigia, agora à tarde, a posse de Nicolás
Maduro como presidente da Venezuela. Antes da sua decisão de embarcar a
Caracas, o Brasil foi pressionado pelos Estados Unidos a não reconhecer o
novo governo venezuelano. A pressão foi feita por Susan Rice,
representante norte-americana na ONU, ao chanceler Antonio Patriota,
conforme relatou a jornalista Monica Bergamo. Leia abaixo:
PICADO 2
Um dos diplomatas lembrou que, em 2000, mesmo com acusações de fraude na eleição de George W. Bush, o Brasil reconheceu prontamente o resultado --o Itamaraty diz que cabe ao sistema interno de cada país resolver esse tipo de questão e que os outros não poderiam "meter a colher". Naquele ano, Bush foi declarado vencedor depois de a Suprema Corte negar recontagem manual de votos na Flórida.
SOPA
A Venezuela então saiu do cardápio e o almoço continuou em clima ameno. Susan Rice saboreou um frango grelhado com vegetais feito especialmente para ela. O prato principal do dia era ensopado de galinha-d'angola.
Na reportagem abaixo, Dilma reforça as posições da Unasul sobre a Venezuela:
Dilma reitera em Caracas apoio da Unasul às eleições na Venezuela
Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff reforçou hoje (19), na chegada a Caracas, o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) às eleições na Venezuela, que elegeram Nicolás Maduro, no domingo (14).
“É uma nota [divulgada pelo bloco] que reitera o compromisso da Unasul com os processos democráticos, ao mesmo tempo que determina um posicionamento da Unasul como sendo de apoio à estabilidade, à paz e aos processos que constituem legalmente a sustentação democrática”, disse a presidenta à jornalistas, na chegada ao hotel em Caracas.
Ontem (18), uma cúpula extraordinária se reuniu para discutir a situação no país e pediu o respeito ao resultado do pleito. No encontro, que terminou na madrugada de hoje (19), o bloco também reconheceu a importância de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter decidido verificar 100% das urnas eletrônicas, atendendo a pedido da oposição no país.
A presidenta acrescentou ainda que a nota “define uma tomada positiva em relação ao Conselho Nacional Eleitoral e repudia as violências, as mortes, os feridos e também acrescenta no final um posicionamento no sentido de que haverá uma comissão da Unasul para acompanhar as investigações sobre direitos humanos”.
A reunião foi convocada após os protestos e manifestações liderados pelo candidato derrotado e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Após o encontro, os chefes de Estado apresentaram uma ata com cinco pontos de consenso. Além de reconhecer o CNE como órgão soberano para receber reclamações, a Unasul parabenizou o presidente eleito e disse que pretende cooperar para a solução dos problemas que possam afetar a democracia na região.
A Unasul irá designar uma missão observadora para acompanhar a investigação dos atos violentos ocorridos esta semana durante as manifestações que pediam a recontagem dos votos. O governo acusa a oposição de ser responsável pela morte de oito pessoas devido aos protestos.
A presidenta Dilma Rousseff acompanha a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para as 13h no horário de Caracas (14h30 em Brasília).
Leia, ainda, a reportagem da Agência Brasil sobre a posse de Maduro:
Leandra Felipe*
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - A cerimônia de posse do presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, deve ser iniciada daqui a pouco às 13h no horário de Caracas (14h30, em Brasília). O vice-presidente do país, Jorge Arreaza, informou que delegações de 47 países participarão do ato de juramentação do presidente na Assembleia Nacional. Comparecerão ao evento 17 chefes de Estado e de Governo. A presidenta Dilma Rousseff já está em Caracas para a cerimônia.
Dilma e outros sete chefes de Estado chegaram à Venezuela diretamente de Lima, no Peru, depois de participarem de uma reunião extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que discutiu o cenário político de tensão que o país vive esta semana depois das eleições de domingo(14). Trinta e três delegações que integram a Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac) já estão na capital venezuelana. O presidente do México, Enrique Calderon, não confirmou presença no evento, assim como o chileno Sebastían Piñera. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, já está em Caracas para assistir a posse.
Após a posse será realizado um desfile cívico-militar pela Avenida Los Próceres de Caracas, em comemoração à data em que os venezuelanos deram o primeiro passo para sua independência - 19 de abril de 1810.
O governo convocou a população para prestigiar o presidente Maduro e anunciou que estão previstas grandes concentrações populares próximo à assembleia e em mais sete avenidas da cidade.
Nicolás Maduro venceu as eleições com 50,78% dos votos e derrotou o candidato oposicionista Henrique Capriles, que obteve 48,95% dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral fará uma auditoria nas urnas eletrônicas que ainda não foram verificadas, cerca de 46%. A solicitação foi feita pela oposição que se negava a reconhecer o resultado sem a "recontagem dos votos".
247
PAPEL PICADO
A Venezuela foi tema do almoço entre
Susan Rice, representante permanente dos EUA na ONU, e o chanceler
brasileiro Antonio Patriota, anteontem, em Brasília. Ela defendeu a
necessidade de recontagem dos votos para que Nicolás Maduro seja
reconhecido como vencedor por outros países. Os diplomatas brasileiros
rechaçaram. E até citaram eleições nos EUA que foram questionadas.PICADO 2
Um dos diplomatas lembrou que, em 2000, mesmo com acusações de fraude na eleição de George W. Bush, o Brasil reconheceu prontamente o resultado --o Itamaraty diz que cabe ao sistema interno de cada país resolver esse tipo de questão e que os outros não poderiam "meter a colher". Naquele ano, Bush foi declarado vencedor depois de a Suprema Corte negar recontagem manual de votos na Flórida.
SOPA
A Venezuela então saiu do cardápio e o almoço continuou em clima ameno. Susan Rice saboreou um frango grelhado com vegetais feito especialmente para ela. O prato principal do dia era ensopado de galinha-d'angola.
Na reportagem abaixo, Dilma reforça as posições da Unasul sobre a Venezuela:
Dilma reitera em Caracas apoio da Unasul às eleições na Venezuela
Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff reforçou hoje (19), na chegada a Caracas, o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) às eleições na Venezuela, que elegeram Nicolás Maduro, no domingo (14).
“É uma nota [divulgada pelo bloco] que reitera o compromisso da Unasul com os processos democráticos, ao mesmo tempo que determina um posicionamento da Unasul como sendo de apoio à estabilidade, à paz e aos processos que constituem legalmente a sustentação democrática”, disse a presidenta à jornalistas, na chegada ao hotel em Caracas.
Ontem (18), uma cúpula extraordinária se reuniu para discutir a situação no país e pediu o respeito ao resultado do pleito. No encontro, que terminou na madrugada de hoje (19), o bloco também reconheceu a importância de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter decidido verificar 100% das urnas eletrônicas, atendendo a pedido da oposição no país.
A presidenta acrescentou ainda que a nota “define uma tomada positiva em relação ao Conselho Nacional Eleitoral e repudia as violências, as mortes, os feridos e também acrescenta no final um posicionamento no sentido de que haverá uma comissão da Unasul para acompanhar as investigações sobre direitos humanos”.
A reunião foi convocada após os protestos e manifestações liderados pelo candidato derrotado e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Após o encontro, os chefes de Estado apresentaram uma ata com cinco pontos de consenso. Além de reconhecer o CNE como órgão soberano para receber reclamações, a Unasul parabenizou o presidente eleito e disse que pretende cooperar para a solução dos problemas que possam afetar a democracia na região.
A Unasul irá designar uma missão observadora para acompanhar a investigação dos atos violentos ocorridos esta semana durante as manifestações que pediam a recontagem dos votos. O governo acusa a oposição de ser responsável pela morte de oito pessoas devido aos protestos.
A presidenta Dilma Rousseff acompanha a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para as 13h no horário de Caracas (14h30 em Brasília).
Leia, ainda, a reportagem da Agência Brasil sobre a posse de Maduro:
Leandra Felipe*
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - A cerimônia de posse do presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, deve ser iniciada daqui a pouco às 13h no horário de Caracas (14h30, em Brasília). O vice-presidente do país, Jorge Arreaza, informou que delegações de 47 países participarão do ato de juramentação do presidente na Assembleia Nacional. Comparecerão ao evento 17 chefes de Estado e de Governo. A presidenta Dilma Rousseff já está em Caracas para a cerimônia.
Dilma e outros sete chefes de Estado chegaram à Venezuela diretamente de Lima, no Peru, depois de participarem de uma reunião extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que discutiu o cenário político de tensão que o país vive esta semana depois das eleições de domingo(14). Trinta e três delegações que integram a Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac) já estão na capital venezuelana. O presidente do México, Enrique Calderon, não confirmou presença no evento, assim como o chileno Sebastían Piñera. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, já está em Caracas para assistir a posse.
Após a posse será realizado um desfile cívico-militar pela Avenida Los Próceres de Caracas, em comemoração à data em que os venezuelanos deram o primeiro passo para sua independência - 19 de abril de 1810.
O governo convocou a população para prestigiar o presidente Maduro e anunciou que estão previstas grandes concentrações populares próximo à assembleia e em mais sete avenidas da cidade.
Nicolás Maduro venceu as eleições com 50,78% dos votos e derrotou o candidato oposicionista Henrique Capriles, que obteve 48,95% dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral fará uma auditoria nas urnas eletrônicas que ainda não foram verificadas, cerca de 46%. A solicitação foi feita pela oposição que se negava a reconhecer o resultado sem a "recontagem dos votos".
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