O PPS e o PMN aprovaram hoje a fusão dos dois partidos, que formarão a
Mobilização Democrática. Ontem (3ª feira), o presidente do PPS, Roberto
Freire, confirmou que a nova sigla deve mesmo apoiar a candidatura
presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em 2014.
Não
é nenhuma novidade ou surpresa essa declaração. O PPS se fundiu com o
PMN somente para receber novos parlamentares e mais tempo de rádio e TV,
além do fundo partidário, é claro.
Não foi para apoiar José
Serra à Presidência que a fusão foi feita. Freire confirma que o tucano
foi convidado a ingressar na legenda, mas disse que o projeto para ele
“é outro”, sem adiantar qual seria.
Esse segredinho deve ter
deixado o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com o pé atrás, já
que Serra pode querer tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes. Será?Mercado de mandatos
O PPS e o PMN aprovaram a fusão hoje para escapar do projeto que pode ser aprovado nesta quarta-feira na Câmara e que restringe o mercado de compra e venda de mandatos.
A proposta restringe o acesso das novas siglas ao dinheiro do fundo partidário e à propaganda eleitoral no rádio e na TV
Eu venho defendendo essa medida há tempos neste blog. A autorização para que um parlamentar mude de partido e leve o tempo de TV e o fundo partidário para outra sigla é um incentivo a partidos de aluguel. Foi uma decisão errada do Supremo Tribunal Federal que autorizou essa prática, liquidando com a fidelidade partidária imposta por este mesmo tribunal e depois flexibilizada.
Argumentar que a aprovação do projeto é casuístico ou impeditivo de apoios a candidatos a presidente é vestir a carapuça da defesa de uma das piores decisões da Suprema Corte, que, repito, liquidou com a fidelidade partidária e criou um mercado de compra e venda de mandatos com a criação de legendas com o único fim de vender o tempo de rádio e TV para candidatos a presidente, governador e prefeito.
Blog do Zé Dirceu
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