O nome provável é Heleno Torres, professor da USP que disse coisas interessantes sobre o mensalão.
Dilma aprendeu com Lula como não nomear alguém para o Supremo Tribunal Federal depois do espetacular erro da escolha de Joaquim Barbosa?
Como é uma pessoa extremamente aplicada, é provável que sim. E então
o STF tende a ficar melhor caso se confirme a nomeação do advogado
pernambucano Heleno Torres, professor de Direito Tributário da USP.
Substituir Ayres Britto, aposentado, não é difícil. Como Bento 16,
Ayres Britto não deixa saudade. Ele se tornou um dos símbolos das
relações inadequadase inaceitáveis entre a imprensa e a justiça ao
assinar o prefácio do livro de Merval Pereira sobre o mensalão.
Na ativa, subtraiu aos brasileiros o direito de resposta em casos de
ataque injustificado da mídia ao enterrar desastradamente a Lei de
Imprensa sem tomar cuidado para que o bebê – os direitos do cidadão ante
assassinatos de reputação – não fosse despachado junto com a água da
banheira.
Só foi bom para a mídia o gesto de Ayres de Britto. Para a sociedade, foi um retrocesso.
De seu substituto se espera que mantenha distância profilática da
mídia. Quem esquece os sorrisos abertos trocados entre Gilmar Mendes e
Reinaldo Azevedo em pleno julgamento do mensalão como se fossem
companheiros de torcida organizada?
No passado recente, Torres tocou em pontos interessantes. Por
exemplo, ele defendeu que os acusados do mensalão fossem julgados
primeiro em instâncias inferiores.
Isso lhes garantiria, como qualquer réu, recursos que lhes foram negados uma vez que o caso foi direto para o STF.
Em breve saberemos se é ele mesmo.
Mas de novo: seja quem for, só pode ser um avanço sobre Ayres de Britto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário