Irmãos Koch voltam foco para jornais impressos
Industriais conservadores estudam fazer oferta para adquirir oito jornais americanos
NOVA YORK – Três anos atrás, Charles e David Koch, industriais bilionários, republicanos e defensores da livre iniciativa, da liberdade individual e da propriedade privada, realizaram um seminário reunindo seus pares, em sua maioria ricos doadores políticos. O evento se deu no St. Regis Resort em Aspen, no Colorado. Eles estabeleceram uma estratégia para os próximos dez anos, atuando em três frentes, com a meta de diminuir o tamanho do governo, com menos regulamentação e impostos.
As duas primeiras partes da estratégia — educar as bases militantes e influenciar na política — não foram surpreendentes, dado o dinheiro que eles têm dado aos institutos políticos e grupos de ação política. Mas a terceira surpreendeu: mídia.
Além de financiar algumas publicações marginais, os Kochs vinham basicamente evitando investimentos em mídia. Agora, no entanto, a Koch Industries — crescente empresa privada onde Charles G. Koch serve como chairman e executivo-chefe — está explorando realizar uma oferta para comprar oito jornais regionais da Tribune Company, incluindo o “Los Angeles Times”, “The Chicago Tribune”, “The Baltimore Sun”, “The Orlando Sentinel” e “The Hartford Courant”.
(…)
A Koch Industries é um dos maiores patrocinadores das causas que tem como fundamento a defesa da liberdade individual, da não-agressão, da propriedade privada e da supremacia do indivíduo. A estratégia inclui financiamento de grupos políticos como o Instituto Cato em Washington e na formação do grupo “Americanos para a prosperidade”, o grupo político que ajudou a dar força ao movimento de ultradireita Tea Party e suas causas. A empresa afirma que não tem nenhuma ligação direta com o Tea Party.
NAVALHA
Qual a novidade, amigo navegante ?
Como diz o professor Wanderley Guilherme, o papel
do PiG (*) é provocar crises.
(Crise de hiper-inflação e empacamento do
PAC leva a eleição para o
segundo turno, a Globo
organiza o caos, a eleição apertada – sem
papelzinho –
vai ao Supremo e o Fux suprime o voto que está gravado
no Youtube. Essa é a sequência brasilguaia do Golpe.)
Os irmãos Koch são a caixa de financiamento de
todos os movimentos da extrema-direita americana.
O Tea Party, aqui representado pelo Padim Pade Cerra
e sua devoção às Cruzadas, não existiria sem os irmãos
Koch.
As campanhas eleitorais do Bush filho foram lubrificadas
pelos irmãos Koch.
Agora, os irmãos descobriram o que a extrema-direita brasileira
já pratica há muito tempo: PiG é para dar o Golpe.
Como se sabe, os jornais escritos no Brasil estão na porta da cova.
O Globo só não fecha por causa da Rede Globo.
E a Folha, por causa do UOL.
O Estadão, como se sabe, já passou dessa para melhor.
O PiG impresso nas mãos dos Koch será uma das pontas do Golpe.
A lei dos Estados Unidos, o centro do capitalismo selvagem,
não
permite que exista a tabelinha tevê – tevê por assinatura –
rádio –
jornal – portal na internet – que existe aqui e que a Dilma
diz que se
corrige com o seletor de canais.
Nem lá a tabelinha pode ser azeitada pelo BV do Governo Federal e
das empresas estatais.
Lá, os Koch não podem comprar a Globo, porque a lei não deixaria
montar a tabelinha (legal, no Brasil).
Então, os Koch saíram do armário e vão comprar os jornais,
diretamente.
Antes, eles financiavam as causas extremistas, mas quase não
apareciam.
Agora, vão para a rua.
E expõem à luz do sol a utilidade da imprensa hoje, no Brasil e nos
Estados Unidos: dar o Golpe !
Clique aqui para ler “o Fantástico mente desbragadamente sobre a Norte-Sul e a SECOM da Dilma se limita a divulgar uma nota que só os blogs sujos publicam” …
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Conversa Afiada
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