O empresário multimilionário Horacio Cartes, de 56 anos, foi eleito
presidente do Paraguai neste domingo 21, marcando a volta do Partido
Colorado ao poder que exercera ao longo de seis décadas, até a eleição
do esquerdista Fernando Lugo.
Cartes, do Partido Colorado, obteve 45,91% dos votos, contra 36,84%
conseguidos pelo concorrente Efraín Alegre, afirmou o presidente do
Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), Alberto Ramírez
Zambonini.
Milhares de simpatizantes se reuniram em Assunção para celebrar o
resultado, lançando fogos de artifício e agitando bandeiras do país e do
partido.
A vitória de Cartes marca a volta ao poder de um partido de
centro-direita que governou o Paraguai desde 1947, incluindo os 35 anos
da ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-1989), até perder as
eleições em 2008.
Naquele ano, foi a esquerda do antigo bispo católico Fernando Lugo
que venceu as eleições presidenciais, ao formar uma coligação com o
Partido Liberal, que posteriormente rompeu com a aliança.
Em junho de 2012, sem maioria no Parlamento, Lugo foi destituído pela
oposição de direita, numa manobra que qualificou de “golpe de Estado
parlamentar”, e o seu vice-presidente, o liberal Federico Franco,
assumiu a chefia do Estado.
Na época, Efraín Alegre foi um dos senadores que votou pela remoção de Lugo do poder.
Entre as tarefas mais urgentes do novo governo, que assumirá em 15 de
agosto, está negociar a reinserção política do Paraguai na América
Latina, já que o país está suspenso do Mercosul, da Unasul e da Celac.
Após o anúncio de sua vitória, Cartes discursou em Assunção e renovou
sua promessa de campanha de dar um novo rumo ao país. ”Na campanha
eleitoral, falávamos que, ouvindo as pessoas, queríamos dar um novo rumo
ao Paraguai. Quero reafirmar o compromisso assumido e ratificar agora
ao Partido Colorado e a todos os outros partidos, e àqueles que não são
de nenhum partido, que venceu o Paraguai, e o compromisso é com todos os
paraguaios da república”, assinalou.
O empresário prometeu “trabalhar para todos os paraguaios”,
principalmente para os mais necessitados, idosos, jovens e
mulheres.”Sinto que posso trabalhar para os mais de 6 milhões de
paraguaios do meu país”, assinalou, diante de militantes.
Carta Capital
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