Boa
notícia. Nosso país registrou um recorde: há 12 anos, não tínhamos um
índice de desemprego tão baixo para um mês de março. Uma vitória, ainda
mais se compararmos esses índices com a situação de outros países, como a
Espanha e a França.
Vamos aos números. Neste março, o desemprego
ficou em 5,7%, em um nível semelhante ao registrado em fevereiro (5,6%)
e janeiro (5,4%). Trata-se, segundo o IBGE, da menor taxa para o mês
desde o início da série da entidade em 2002.
Foram pesquisadas
seis regiões metropolitanas. O total de pessoas desocupadas em Belo
Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo é de 1,373
milhão, o equivalente a um recuo no desemprego de 8,5% em relação a
março de 2012 e uma alta de 1,2% em relação a fevereiro deste ano.
Vale
destacar que o total de pessoas ocupadas nessas regiões chega a 22,922
milhões – alta de 1,2% em relação a março de 2012 e uma leve queda de
0,2% em relação a fevereiro. Além disso, o número de empregos com
carteira assinada cresceu 2,8% em relação a março de 2012, embora tenha
tido queda de 0,5% em relação a fevereiro.
Lá fora a realidade é outra
Apenas
para que vocês tenham ideia do que significam esses números no contexto
internacional, vejam a grave situação de países como a Espanha e a
França e comparem com a nossa situação.
Na Espanha, o número de
desempregados superou, pela primeira vez, a marca de 6 milhões de
pessoas: 27,16% da população ativa no país está desempregada e 237.400
perderam seus empregos no primeiro trimestre deste ano.
De
janeiro a março, a ocupação diminuiu em 322.300 postos de trabalho. O
número de trabalhadores, 16.634.700, representa uma taxa de atividade de
59,68%. A situação fica ainda mais grave quando avaliamos que o número
de desempregados há mais de um ano chegou a 2.901.100 pessoas nesse
período.
Em um ano, o número de desempregados na Espanha cresceu
em 563.200 pessoas, enquanto a ocupação caiu em 798.500. E o mais cruel,
57,22% dos trabalhadores com menos de 25 anos estão sem ocupação, o
equivalente a 960.400 mil jovens.
Já na França, o número de
desempregados inscritos em centros de empregos já chega a 3,2 milhões de
pessoas. Matéria no Opera Mundi destaca que este é o pior nível dos
últimos 16 anos naquele país. Em março de 2013, foram registrados 11,5%
desempregados a mais do que no mês de fevereiro. “Isso significa que,
nesse mês, quase duas mil pessoas por dia útil perderam emprego no país,
já que os novos inscritos totalizaram 36.900 pessoas (aumento de 1,2%
face a fevereiro)”, aponta a matéria (leia mais).
Por
fim, há o levantamento do FMI que aponta o Brasil – num ranking de 42
países – como o país que mais reduziu a taxa de desemprego desde 2008,
quando do estouro da crise financeira internacional. Naquele 2008, 7,9%
da população ativa brasileira estava desempregada. Em 2012, a proporção
passou para 5,5%. Ao todo, conquistamos uma queda de 30% na taxa de
desemprego.
Fica a pergunta: o que pretendem nossos ortodoxos que pregam austeridade? Que o nosso país vire uma Espanha?
Blog do Zé Dirceu
Blog do Zé Dirceu
Nenhum comentário:
Postar um comentário