30 de Dezembro de 2013 | 18:26 Autor: Miguel do Rosário
Dando uma fuçada no Brasil 247, me deparo com a seguinte nota:
Propaganda reforçada
Desgastado pelas manifestações e pela investigação do cartel dos
transportes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) lança na próxima
semana uma campanha em rádio e TV. As propagandas, preparadas pelas
agências Propeg, Lua Branca e Nova SB, mostrarão as
obras do governo, principalmente em transporte e saúde. Pesquisa
concluída na semana passada indica que a aprovação de Alckmin, que havia
caído para 35%, chegou a 42%. O objetivo é atingir 50% até a campanha à
reeleição. Para isso, a verba de publicidade, que era de R$ 100
milhões, dobrou.
Então me lembrei de uma reportagem
que fiz lá pro Cafezinho, compilando os números da Secom. Repare nas
agências contempladas pela Secom (confira a participação da Propeg e
Nova, as mesmas que operam com o governo Alckmin).
No twitter, alguém me avisa que a Propeg é sócia
do ex-senador Tasso Jereissati, um dos tucanos mais influentes do
partido. Seu irmão, Carlos Jereissati é um dos homens mais ricos do país
e herdeiro das privatizações: era dono da OI.
A Nova pertence à João Roberto Vieira da Costa, ex-diretor da Secom
no último governo FHC. A Lua Branca, por sua vez, foi criado pelo
jornalista Luiz Gonzalez. Tanto a Nova quanto a Lua Branca são
“tradicionalmente associadas ao tucanato”, segundo uma reportagem da Folha. Gonzalez fez a campanha de Alckmin em 2006.
Politicamente, há sentido em Alckmin entregar recursos de publicidade
de seu estado a agências pertencentes a seus companheiros tucanos, mas
ver a Secom dar suas contas para as mesmas empresas é de dar engulhos no
estômago! Nem aí teremos pluralidade?
Então ficamos assim. A Secom entrega seus recursos à agências de
publicidade pertencentes à tucanos milionários, que por sua vez repassam
a verba para grandes empresas de mídia (também ligadas ao tucanato),
como a Globo. Tá tudo dominado!
Enquanto em toda a América Latina, vemos os governos progressistas
fazerem reformas modernas em seus sistema de comunicação, e até mesmo os
EUA assiste
a um canal mais à esquerda, a MSNBC, ultrapassar a CNN em audiência e
encostar na direitista Fox, o governo brasileiro trabalha para
enriquecer cada vez mais os barões da mídia, além de fortalecer o
sistema de agências de publicidade “tradicionalmente ligadas ao
tucanato”.
Por que isso, Dilma?
Tijolaço
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