sábado, 30 de junho de 2012

Se a Globo der o golpe paraguaio? A Dilma pode se defender ? - Paulo Henrique Amorim


Esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?


Televisa é a Globo do México.
Peña Nieto é o Cerra que deu certo.
Peña é o favorito das pesquisas e do narco-tráfico na eleição deste domingo.
Aqui, no Brasil varonil, a Globo e o Ali Kamel no jornal nacional já deram um Golpe e levaram a eleição de 2006 para o segundo turno – clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve falta o segundo”.
O Merval Global e o Melhor do Carnaval, a Catanhêde e o dos múltiplos chapéus já deram a senha: se houver um Golpe paraguaio, tamos nessa !
É conosco mesmo.
Em 24 horas a gente põe essa raça pra correr !
Por sugestão do Mauricio Dias, na Rosa dos Ventos da Carta Capital, o ansioso blogueiro leu o fascinante relato de Flavio Tavares “1961 – O Golpe Derrotado – Luzes e sombras do Movimento da Legalidade”, os 13 dias em 1961 em que Leonel Brizola (Ah!, que falta faz !) montou uma Rede da legalidade e deu posse ao Presidente eleito segundo a Constituição de 46, João Goulart.
Brizola conseguiu adiar o que, três anos depois, se tornou um Golpe paraguaio típico: o presidente constitucional estava em território nacional e o Congresso declarou a “vacância” do cargo.
(“Congresso Nacional”, leia-se o senador paulista Auro de Moura Andrade.)
No capítulo “O combate no ar”, pág 53, Tavares descreve como Brizola se apossou da Rádio Guaíba, do adversário Breno Caldas, e tornou possível o movimento anti-golpista.
Sem a Rádio Guaíba e a Rede da Legalidade, o Golpe paraguio de 64 teria sido defechado em 1961.

Agora, amigo navegante, medite sobre os dias que correm.
Sobre o Golpe paraguaio e as tentativas similares na Venezuela, no Equador, na Bolívia e na Argentina, com o lock-out dos produtores rurais, promovido pela Globo de lá, o grupo Clarín.
É o “golpe pós-moderno” dos americanos e seus aliados tropicais, o PiG continental.
É o “neo-Golpe”, sem baionetas.
Moderninho.
Cheiroso.
Em forma de tablet.
Qual a diferença entre o que o Peña fez com a Televisa e a “entrada livre” que os tucanos e Golpistas têm na Globo ?
O Peña pagou e o Cerra não paga.
Não paga ?
E aquela escolinha no terreno que o Cerra deixou a Globo invadir e, depois, transformou numa escola para a Globo treinar profissionais, com dinheiro do contribuinte ?
E quando o Cerra e o Fernando Henrique, com o Andrea Matarazzo à frente, mandavam nas verbas de publicidade da SECOM e a Globo ficava com 90% do bolo ?
Qual a diferença ?
E quando a Globo der o Golpe paraguaio ?
No mensalão que está por provar-se, o Golpe paraguaio só não evoluiu, porque o Zé Alencar não deixou, segundo contou a Tarso Genro.
O Golpe corre solto no PiG (*) todo dia.
Agora mesmo, a Globo marcou a data do julgamento do mensalão no Supremo e vetou o Toffoli.
Precisa mais ?
O amigo navegante acredita que esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?
Se a Suprema Corte americana não resistiu à Fox News e elegeu o Bush, filho sem contar os votos da Flórida …
Imagine aqui, nesse Supremo mais partidarizado que a Suprema Corte americana …
Há 25 anos a Globo impede o Congresso de regulamentar os capitulos que tratam da Comunicação.
E há 50 anos se vale de um vácuo institucional, de que se beneficia integralmente.
Quem manda mais no Brasil que a Globo ?
O Daniel Dantas ?
E como é que a Dilma vai se defender de um Golpe paraguaio ?
Vai dar uma entrevista ao ABC Color, o conglomerado de midia stroessiano que derrubou o Lugo ?
Como se defender, no meio de uma crise fomentada por livre- atiradores em terras griladas do Daniel Dantas no Pará – leia na Carta Capital importante reportagem de Cynara Menezes sobre a crise dos sem terra no Paraguai e quem estava por tras dela.
O amigo navegante percebeu que a Globo deu cobertura à crise dos sem-terra no Paraguai com a rapidez que não aplica à cobertura da criminalidade endemica em São Paulo, que está por exigir uma intervenção federal.
Impressionante a agilidade Golpista da Globo.
Se foi assim no Paraguai, por que não seria no Brasil, no Pará, em São Paulo ?
Como a Dilma se defenderia, Bernardo ?
Num “fast impeachment”, em 24 horas, Bernardo, como a Democracia brasileira se protegeria dos Golpistas ?
Os velhos Golpistas de sempre.
Os Chatôs, os Marinho, os Civita, os Frias, os Mesquitas – the usual suspects.
Ou ela ia fazer como o Palocci, que achou que ia se proteger com uma entrevista ao jornal nacional – depois de por ele ser trucidado ?
Quais os instrumentos de que dispõe a Presidência da República para evitar um Golpe de Estado ?
Qual a Rádio Guaíba que vai defender a Constituição ?
Que falta faz o Brizola !
E o Franklin !



Em tempo: o amigo navegante se lembra que a Televisa desempenhou papel decisivo na eleição de Carlos Salinas de Gortari, o Fernando Henrique mexicano, aquele que vendeu México ao Slim, assim como o Fernando Henrique vendeu o Brasil ao Daniel Dantas, o “brilhante !”. A Televisa, na véspera da eleição, produziu uns camponeses vítimas de violência na fazenda do adversário, Cuahautemoc Cárdenas. Depois de Salinas eleito, a fraude foi desmascarada. E entrou em antologias mundo afora como exemplo de manipulação eleitoral pela televisão, no mesmo capítulo da edição do jornal nacional que continha o resumo do debate do Collor com o Lula. Patranhas exemplares ! Similares ! Globo e Televisa são especialistas na matéria: Golpe.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Conversa Afiada

Lula e Civita: a solidariedade no câncer

 
Autor: 
 
No Sirio, em tratamento, Lula soube que seu arquiinimigo, Roberto Civita, também estava internado, câncer na próstata, só que em situação bem mais grave. Assim que foi informado, decidiu visitá-lo, apesar da resistência de dona Marisa.
Desceram ao apartamento de Roberto Civita acompanhado do oncologista de Lula, Roberto Kalil. Civita se emocionou com a visita e pediu desculpas pelos ataques a Lula e ao filho. Lula lhe disse para não se emocionar muito para não atrapalhar o tratamento.
Kalil viu sinais de ironia no alerta de Lula. Quem o conhece, viu a solidariedade para com o próximo.
A visita foi para a pessoa de Roberto Civita. Mas em nada mudou o julgamento de Lula sobre o publisher Roberto Civita.

Desdobramentos
Algumas deduções e desdobramentos da notícia acima.

Ganha consistência o rumor de que João Roberto Marinho esteve na Casa Civil do governo Dilma, solicitando o empenho do governo para a não convocação de Roberto Civita pela CPI, devido à doença. Da Abril ele seria a única pessoa a poder responder pelos movimentos da Veja nos últimos anos. Nenhum executivo - com exceção de Fábio Barbosa - tem acesso às instâncias mais altas da República.
A notícia do agravamento da doença, além disso, lança nuvens de suspeita sobre o futuro da editora. Os herdeiros não demonstram pique para segurar o timão. Analista do mercado - com quem acabo de conversar agora - julga que se encerra o ciclo Civita na mídia brasileira, sem conseguir chegar até a terceira geração. Não significa o fim da Abril, mas, a médio prazo, dos Civita à frente do grupo.
Roberto recebeu uma editora sólida do pai e teve oportunidades de criar um império. A influência da mídia sobre o governo Sarney permitiu-lhe conquistar uma rede de TV a cabo, a TVA. Depois, com a BOL, foi o primeiro grupo de mídia a tentar explorar as possibilidades da Internet.
Na segunda metade dos anos 90, junto com Otávio Frias de Oliveira, tentou adquirir a Rede Bandeirantes. Na época, fiz uma espécie de meio campo entre ele, Frias e João Saad.
Gradativamente, o grupo foi fracassando em todas as frentes. A BOL acabou fundindo-se com a UOL - da Folha. Mais à frente, Civita foi engolido por Luiz Frias que, na primeira capitalização do grupo, adquiriu a participação da Abril. De um lado, Civita tentava reduzir o endividamento. De outro, julgava que na hora em que quisesse, o conteúdo do grupo permitiria montar uma nova UOL. Perdeu o bonde.
Mais tarde, também para reduzir a dívida, vendeu a TVA para o grupo Telefonica, matando sua última oportunidade de virar um grupo multimidia.
Finalmente, houve um processo de capitalização em que o sul-africano Nasper adquiriu 30% da Abril. Outros 20% ficaram com duas holdings de Delaware, cujo controle nunca foi revelado. Quando vendeu a TVA, provavelmente a Abril recomprou os 20% adicionais.
Alguns anos atrás, a Abril lançou a toalha do lado midiático. Civita passou a investir em educação, montando cursos apostilados e adquirindo editoras de livros didáticos. O poder de intimidação da Veja, as parcerias políticas permitiram avançar em algumas frentes.
Montou estratégias de ataques a concorrentes. Atacou um curso de Ribeirão Preto com informações mentirosas. Depois, apoiou-se em uma ONG recem aberta para ataques macartistas contra concorrentes. A aproximação com jornalistas de outros veículos fez com que, uma semana depois de conceder duas páginas ao livro de um deles, este publicasse em O Globo artigo criminalizando politicamente livro de história de editora concorrente.
Ainda há chão pela frente.
Mas a saga dos Civita, no Brasil, será conhecida por duas fases: a do velho Victor Civita com suas histórias em quadrinhos, suas coleções de livros de economia, filosofia e música, a ousadia em lançar Realidade, Quatro Rodas e Veja. E a era de Roberto Civita, que errou em todas suas estratégias e transformou a menina dos olhos da Abril - a revista Veja - no mais repelente modelo de jornalismo que o país jamais teve em toda sua história.

Blog do  Luis Nassif

Mantega prevê crescimento da economia entre 3% e 4% no segundo semestre

 
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro da Fazenda Guido Mantega disse hoje (29) que a economia brasileira deverá crescer entre 3% e 4% no segundo semestre do ano. Ele acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá superar este ano a expansão de 2,7% do ano passado. Ontem o Banco Central reduziu a projeção do PIB do ano de 3,5% para 2,5%.
Mantega admitiu, no entanto, que será necessário um esforço para atingir esses resultados. “Na verdade nós temos que trabalhar para conseguir atingir essas metas”, disse durante o anúncio da prorrogação das desonerações para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. Como parte das ações para manter o crescimento do país, o ministro destacou as reduções das taxas de juros, do spread bancário e o aumento do crédito.
Segundo Mantega, as desonerações incentivam setores que geram empregos. “Os setores aumentaram as vendas, mantiveram o nível de emprego, estão expandindo as lojas, os pontos de venda”.

Agência Brasil
 

Franco reduz importância da saída do Paraguai do Mercosul e da Unasul


Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de ter sido suspenso provisoriamente do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o novo presidente do Paraguai, Federico Franco, ironizou a medida ao dizer que seu país vai economizar dinheiro ao deixar de ir às cúpulas dos dois blocos regionais.
Segundo ele, a suspensão não afetará a economia do Paraguai. “Vamos ficar aqui e trabalhar. Não vamos viajar, não vamos ter recepções e coquetéis, será muito bom para todo o país”, disse Franco, informou a agência pública de notícias do Paraguai, IP Paraguay.
Os presidentes do Brasil, Uruguai e da Argentina decidiram, ontem (29), suspender o Paraguai de participar das atividades do Mercosul até as novas eleições gerais no país, marcadas para abril de 2013. A Unasul, formada pelos integrantes do Mercosul e mais oito nações sul-americanas, também afastou os paraguaios temporariamente do bloco. Os grupos não adotaram sanções econômicas ao Paraguai.
A suspensão foi uma resposta ao processo de impeachment de Fernando Lugo, que vem isolando o Paraguai na região. As nações vizinhas questionaram a rápida velocidade com que os deputados e senadores aprovaram a destituição de Lugo da presidência. Franco, que era vice de Lugo, assumiu o comando do governo. O Partido Liberal, ao qual Franco é filiado, rompeu a aliança com o governo de Lugo.

Agência Brasil

Adesão da Venezuela ao Mercosul será oficializada em julho no Rio de Janeiro

 
Carolina Pimentel*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Mercosul aprovou a entrada da Venezuela como membro permanente do bloco. A decisão foi aprovada por Brasil, Argentina e Uruguai hoje (29) em Mendoza, na Argentina. O ingresso será oficializado no dia 31 de julho em uma cúpula no Rio de Janeiro.
A Venezuela pediu adesão ao organismo em 2005, mas o Congresso do Paraguai não aprovou o ingresso, porque o país não respeita valores democráticos exigidos pelo grupo. Os Congressos do Brasil, Uruguai e da Argentina foram favoráveis ao novo sócio.
O anúncio foi feito pela presidenta Argentina, Cristina Kirchner, que junto com Dilma Rousseff e José Mujica, do Uruguai, estão reunidos para discutir a crise no Paraguai. Segundo Cristina, a suspensão paraguaia do Mercosul vale “até que se cumpra o processo democrático e que novamente se instale a soberania popular no país e elejam livremente o presidente”.
Na reunião de Mendoza, o Paraguai não estava presente, porque está suspenso por causa do impeachment de Fernando Lugo. A suspensão é temporária até que ocorram novas eleições gerais no país, previstas para 2013.
Em Caracas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, comemorou a entrada no bloco regional, que, segundo ele, que provocará impacto social, econômico e político para o fortalecimento da integração latinoamericana.
Desde que Lugo foi retirado da Presidência, os mandatários sul-americanos já haviam criticado o processo de impeachment, ao considerarem rápido e sem chance de defesa adequada para o ex-bispo católico. Lugo foi acusado de mau desempenho na função de presidente do país, após um conflito agrário ter resultado na morte de 17 pessoas. Os deputados e senadores aprovaram a saída dele do poder em um dia.
A presidenta da Argentina – país que está com a presidência temporária do bloco - afirmou que não haverá sanções econômicas ao Paraguai. “Nosso objetivo é garantir a melhor qualidade de vida aos povos do Mercosul".
*Com informações da agência pública argentina Telam e da Agencia Venezolana de Noticias

 
Agência Brasil

Grupo de Arruda desviou pelo menos R$ 110 milhões, segundo Ministério Público

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério Público concluiu que o grupo criminoso liderado pelo ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda desviou pelo menos R$ 110 milhões dos cofres públicos em contratos sem licitação. A acusação está na denúncia de 191 páginas encaminhada hoje (29) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No documento consta que, entre 2005 e 2010, o governo do Distrito Federal (GDF) pagou o valor milionário na modalidade “reconhecimento de dívida”, sem fechamento de contrato. Ainda de acordo com a denúncia, o sistema de reconhecimento de dívida foi instituído por Arruda em 2009 para burlar licitações e direcionar pagamentos a empresas que repassavam propinas ao grupo.
Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o sistema foi uma inovação do grupo para desviar dinheiro. O esquema consistia no reconhecimento, por parte do GDF, que determinada empresa estava prestando serviço sem licitação e que a dívida deveria ser paga. “Por meio disso, generosíssimos pagamentos eram feitos a diversas empresas, que, em retribuição, mantinham pagamentos regulares, mensais, a diversas pessoas do governo do DF”.
O Ministério Público apurou que, a partir da instituição do reconhecimento de dívida em 2009, as empresas envolvidas ganharam até 500% mais que no ano anterior. Também foi constatado que Durval Barbosa, apontado como operador do esquema, arrecadava entre 7% e 10% do total líquido pago às empresas, a maioria da área de informática.
O documento ainda mostra que 37 pessoas foram incriminadas – uma a menos que o anunciado mais cedo por Gurgel. São 18 denunciados ligados ao GDF, oito empresários e 11 deputados distritais.
A divisão do dinheiro relatada no documento também difere do que foi apontado mais cedo pelo procurador: Arruda ficaria com 40%, Paulo Octávio com 30% e os secretários de governo com 20%. Cerca de 10% ficavam à disposição de Arruda para comprar parlamentares.
Confira lista dos denunciados:
1) José Roberto Arruda – governador do Distrito Federal entre 2007 e 2010. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
2) Paulo Octávio – vice-governador. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
3) Durval Barbosa – secretário de Relações Institucionais. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
4) José Geraldo Maciel – chefe da Casa Civil do DF. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
5) Domingos Lamoglia – conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, afastado desde 2009. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
6) Fábio Simão – chefe de gabinete de Arruda. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
7) Ricardo Penna – secretário de Planejamento e Gestão. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
8) José Valente – secretário de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
9) Roberto Giffoni – corregedor-geral do Distrito Federal. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
10) Omézio Pontes – assessor de Arruda. Acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
11) Rodrigo Diniz Arantes – assessor de Arruda. Acusado de formação de quadrilha.
12) Adailton Barreto Rodrigues – funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
13) Gibrail Gebrim - funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
14) Masaya Kondo - funcionário da secretaria de Educação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
15) Luiz Cláudio Freire de Souza França – diretor do posto de serviço Na Hora, do GDF. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
16) Luiz Paulo Costa Sampaio – presidente da Agência de Tecnologia da Informação. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
17) Marcelo Toledo - policial aposentado, um dos operadores do esquema. Acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
18) Marcelo Carvalho - executivo das empresas Paulo Octávio. Acusado de formação de quadrilha.
19) Nerci Bussanra – diretora da empresa Unirepro. Acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
20) José Celso Gontijo – dono da empreiteira JC Gontijo. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
21) Alexandre Tavares de Assis – diretor presidente da Info Educacional. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
22) Antônio Ricardo Sechis – dono da Adler, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
23) Alessandro Queiroz – dono da CapBrasil Informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
24) Francisco Tony de Souza – dono da Vertax, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
25) Gilberto Lucena – dono da Linknet, empresa de informática. Acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
26) Maria Cristina Boner Leo – dona do Grupo TBA, da área de informática. Acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
27) Eurides Britto - deputada distrital. Acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
28) Leonardo Prudente - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
29) Júnior Brunelli - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
30) Roney Nemer – deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
31) Benedito Domingos - deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
32) Aylton Gomes - deputado distrital ainda em exercício. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
33) Odilon Aires - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
34) Rogério Ulysses - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
35) Pedro do Ovo - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
36) Berinaldo da Ponte - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
37) Benício Tavares - deputado distrital. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Agência Brasil
 

Unesco transfere para amanhã apresentação e votação da candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A apresentação e a votação da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Cultural da Humanidade na 36ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (36ª WHC), que ocorre em São Petersburgo (Rússia), previstas para a manhã de hoje (30), foram transferidas para amanhã.
A informação foi repassada à Agência Brasil pela assessoria de imprensa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo o instituto, os trabalhos serão reiniciados pelo Comitê da Unesco na madrugada deste domingo, às 2h (horário do Brasil), e deverão se estender até as 10 horas.
O discurso de apresentação da candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade será feito em português pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Ela está em São Petersburgo, acompanhada do presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.
Compõem atualmente o Comitê da Unesco, as delegações da Argélia, do Camboja, da Colômbia, Estônia, Etiópia, França, Alemanha, Índia, do Iraque, Japão, da Malásia, do Mali, México, do Catar, da Rússia, do Senegal, da Sérvia, África do Sul, Suíça, Tailândia e dos Emirados Árabes Unidos.
A candidatura do Rio de Janeiro está inscrita na categoria Paisagem Cultural e foi entregue em setembro de 2009 à Unesco. Nela, consta um dossiê completo da candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está, principalmente, na soma da beleza natural da cidade com a intervenção humana. Em janeiro do ano passado, o Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.
Ao justificar a candidatura do Rio, o Iphan lembra que a cidade é reconhecida como uma das mais belas do mundo e encontra na relação entre homem e natureza a base para a sua candidatura. “Cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha, seus principais elementos que a tornaram excepcional e maravilhosa já são, há tempos, mundialmente conhecidos, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e famosa Praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem o Forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a Enseada de Botafogo.”

Agência Brasil

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A crise chegou. Temos que agir como numa guerra


Estou totalmente de acordo com a análise feita pelo professor Luiz Carlos Delorme Prado sobre a economia brasileira, em particular quando escreve que o Brasil não é uma ilha e o governo precisa aumentar os gastos públicos para poder enfrentar com maior chances de sucesso a crise internacional.

Segundo a análise, publicada na Folha de hoje (Estímulo do governo dificilmente produzirá efeitos significativos), as cidades brasileiras precisam de investimento em transporte de massa, há carência de investimento em saneamento, necessidade de reformar e ampliar as estradas e os portos no Brasil, mas o governo não tem conseguido aumentar o investimento de sua responsabilidade.

Concordo também quando ele avalia que as medidas anunciadas ontem, de realizar gastos de curto prazo na aquisição de bens e serviços num total de R$ 8,4 bi para comprar caminhões, tratores, ambulância, trens, ônibus etc. É uma medida bem-vinda e necessária. Só que o professor argumenta que é pouco. Certamente é!

Não entendo essa fixação na manutenção de um superávit primário tão elevado. O governo tem que reduzir o superávit, aumentar os investimentos públicos, destravar a máquina, resolver problemas administrativos e ambientais, liberar os recursos. Não pode deixar o Tesouro dirigir a política econômica via controle burocrático dos investimentos públicos.

O governo tem anunciado muitas medidas em um bom ritmo, mas as medidas ainda são tímidas. A questão é que nós estamos numa verdadeira guerra. A crise já chegou. Logo, precisamos que o governo se conscientize e aja de acordo com essa situação: monte o seu estado maior para enfrentar a guerra em curso e adote as medidas de guerra, medidas extremas. Do contrário os efeitos da crise em nosso país serão bem mais fortes de que os que enfrentamos até agora.

Blog do Zé Dirceu

Mercosul e Unasul decidem sobre Paraguai em Mendoza

ImageOs jornais de Mendoza, na Argentina, dão todo o espaço aos dois grandes eventos políticos que lá ocorrem entre hoje e amanhã e que devem selar a sorte do relacionamento de praticamente todos os países vizinhos com o governo recém empossado após o golpe de Estado no Paraguai. Eles destacam, também, a posição já assumida pela maioria dos países latinoamericanos: "Crítica unânime ao golpismo na região", é a manchete do diário El Sol.


Os presidentes dos países membros e associados estão chegando nesta tarde e à noite, para a reunião do Mercosul, que se estende até amanhã de manhã, e para a reunião da Unasul, que ocorre logo em seguida, no mesmo local. Nesta tarde chega a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o presidente do Uruguai, José Mujica. Há expectativa para a vinda de Sebastián Piñera (Chile), Evo Morales (Bolívia), Ollanta Humala (Peru), Juan Manuel Santos (Colômbia). Até até mesmo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pode comparecer, apesar da sua condição de saúde. A presidenta Dilma Rousseff estará em Mendoza à noite.


Em São Paulo, integrantes de movimentos sociais, deputados e senadores entregaram ao chanceler Antonio Patriota ontem (27), moção de repúdio ao golpe de Estado travestido de impeachment do presidente Fernando Lugo. Integrante da Coordenação Nacional do MST, Alexandre Conceição, assinalou que os movimentos sociais e os parlamentares consideram que houve uma ruptura na ordem democrática do Paraguai. “Não podemos permitir que haja um novo banho de sangue na América Latina por meio de golpes”, disse.


No Paraguai, dezenas de protestos ocorreram ontem em nove departamentos e outros estão ocorrendo hoje, como parte do Plano de Ação em rejeição à destituição do presidente Lugo, coordenado pela Frente em Defesa da Democracia. Algumas dessas manifestações são espontâneas, iniciativas tomadas por organizações sociais. Fala-se em um grande protesto na capital, Assunção, amanhã (29), mas ainda não há confirmação.


Por que Lugo não vai a Mendoza

O presidente deposto do Paraguai, Fernando Lugo, decidiu não ir a Mendoza e expôs suas razões em entrevista concedida ao Opera Mundi. São três os motivos, diz Lugo porque “o Mercosul tem informação em primeira mão” sobre tudo o que aconteceu e também para que os presidentes lá reunidos não considerem a presença dele “como uma pressão para suas decisões. Que possam decidir com liberdade e autonomia, e tratar o governo que se instalou no sábado com a consideração que realmente merece”.


Na entrevista, Fernando Lugo diz que é muito difícil, mas pode sim voltar à presidência por vias políticas, já que os meios judiciais estão esgotados. Falou também sobre as manifestações que estão ocorrendo nos vários departamentos do Paraguai, sobre os brasiguaios (“são paraguaios e não brasiguaios”, corrigiu Lugo, salientando que ele teve um papel importante para o reconhecimento deles lá) e que também apoia a luta dos sem terra, conhecidos no Paraguai como carperos. “Este presidente não esteve contra ninguém, sempre estive a favor de todos, tentando buscar um consenso, soluções pacíficas, para que o país possa se desenvolver em harmonia”, disse (leia a íntegra da entrevista clicando aqui).


Abaixo assinado na Internet

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Paraguaios protestam contra o golpe
Há também um abaixo-assinado para adesões na Internet com o seguinte texto: “Nós, cidadãos latino-americanos, preocupados com o golpe de Estado no Paraguai contra o presidente legitimamente eleito Fernando Lugo, pedimos que suspendam o Paraguai do Mercosul e da Unasul, até que se restabeleça a ordem democrática naquele país. Exigimos que utilizem todo o seu poder diplomático para exigir que o Paraguai realize uma investigação independente e exaustiva sobre os fatos, ainda não comprovados, que deram lugar ao julgamento relâmpago contra Fernando Lugo”. Para assinar, clique aqui.
(Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Blog do Zé Dirceu

A Espanha quebrou. É só questão de tempo


ImageO presidente do governo da Espanha, primeiro-ministro Mariano Rajoy, do conservador PP, admitiu o que todos já sabem há muito: o país não conseguirá se financiar por muito mais tempo. Uma lástima para o governo Rajoy, eleito há apenas sete meses (em novembro pp.) e já repudiado majoritariamente pela população espanhola.


Nesta 4ª feira (ontem), Rajoy explicou no Congresso dos Deputados que com as taxas de juros cobradas pelos mercados, a Espanha simplesmente não poderá mais obter financiamento por muito tempo. "Hoje é muito difícil obter financiamento e será pior se não divulgarmos uma mensagem clara de que levamos a sério o saneamento das contas públicas e a redução do déficit", desabafou e floreou o chefe do governo espanhol.

Hoje, antes da Cúpula da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica) - e do jogo Alemanha x Itália, que manopolizou as atenções dos chefes de Estado e de governo ali reunidos - Rajoy apelou novamente: “temos que resolver o problema da sustentabilidade da dívida porque tudo isto não serve para nada se não podemos obter financiamento”.
Merkel, a sra. austeridade recalcitrante
Tem razão, e ainda bem que sua angústia é reconhecida e compartilhada por seus pares chefes de Estado e de governo da UE, exceção da sempre recalcitrante primeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel.
Nesta cúpula de hoje em Bruxelas ela foi a única  dentre eles que não deu o braço a torcer e não reconheceu que o pacto pró-austeridade, firmado em março exclusivamente em cima dessa política, precisa ser renegociado e mudado para incluir também a prioridade ao crescimento econômico.
Comprometida com a troika - União Europeia, Banco Central Europeu e FMI - a Espanha tem de reduzir seu déficit público para 5,3% do PIB neste ano (ante os 8,9% de 2011). Mas, as taxas de juros recordes para obter financiamentos nos mercados, acima de 6,8%, estão dificultando, quase impossibilitando o atendimento ao compromisso.
Quem paga a conta?


Tudo indica que nem mesmo a ajuda de 100 bi de euros, prometida pelos países da UE, para salvar os bancos espanhóis poderá minimizar a crise. E quem paga por isso, obviamente, é a população. 
Pelos últimos levantamentos do Eurostat, o escritório europeu de estatísticas, a Espanha amarga hoje uma taxa de desemprego de 26% entre a população economicamente ativa e de 52% entre os jovens de 15 a 24 anos.Isso se estes índices não se agravaram...
Diante deste quadro e da declaração de Rajoy nesta 4ª feira, qual foi a resposta da sra. “auteridade”, a chanceler  Ângela Merkel? A Espanha sempre soube não haver "soluções fáceis" para a Europa, respondeu ela.
Enquanto isso, em Bruxelas...


Em meio a mais dissensos do que consensos, os líderes europeus iniciaram nesta 5ª feira reunião que vai até amanhã em mais uma cúpla da UE. Nestas 48 horas, eles pretendem debater saídas para a crise da zona do Euro, e mais urgentemente para as da Espanha e da Itália.
As propostas debatidas vão desde uma maior integração fiscal, econômica e bancária dos 17 países da UE, passando pela definição de políticas que estimulem o crescimento e o emprego e chegando até a aprovação de um pacote de estímulos de 200 bilhões de euros.
Sem unidade e em meio aos impasses, surgem até propostas polêmicas como a da criação de uma espécie de “superministério” de Finanças sob o comando de Bruxelas com poder sobre os orçamentos dos 17 países que compõem a UE.

Blog do Zé Dirceu

Relator na CCJ diz que cassação de Demóstenes é constitucional

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O parecer do senador Pedro Taques (PDT-MT) sobre a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) considera que o processo foi conduzido dentro dos trâmites constitucionais. O relatório foi entregue ontem (28) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No texto, divulgado à noite, Taques concluiu que o direito à ampla defesa de Demóstenes foi respeitado pelo Conselho de Ética do Senado, que aprovou, por unanimidade, a perda do mandato do parlamentar.
A leitura e votação do documento na CCJ estão marcadas para quinta-feira (4). "Em todos os momentos, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar se preocupou em interpretar as normas da forma mais favorável ao representado, nunca negando a palavra a ele ou ao seu procurador, mesmo quando os dispositivos regimentais não previam essa possibilidade de forma expressa”, diz o texto.
Caso os aspectos constitucionais sejam aprovados na CCJ, o processo seguirá para o plenário do Senado, cuja votação está marcada para o próximo dia 11 de julho.
Para cassar o mandato de Demóstenes são necessários 41 dos 81 votos dos senadores. A votação em plenário é feita de forma secreta. Antes de seguir para o plenário, o processo terá que aguardar um intervalo de cinco sessões ordinárias do Senado.
Diante dessa exigência regimental, a Mesa Diretora do Senado decidiu convocar sessões ordinárias para as segundas-feiras, dias 2 e 9 de julho. O esforço é para que o julgamento de Demóstenes ocorra antes do recesso parlamentar, marcado para começar em 17 de julho.
Na segunda-feira (25), o Conselho de Ética aprovou relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) favorável à cassação de Demóstenes Torres. A votação no conselho ocorreu de forma nominal e com voto aberto. O relatório recebeu a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho.

Agência Brasil

Índice de Preços ao Produtor aumenta para 1,65% em maio

 
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação na saída das fábricas brasileiras, sem incidência de impostos e fretes, teve alta de 1,65% em maio deste ano. No mês anterior, havia sido registrada inflação de 1,46%. A taxa é superior também à observada no mesmo período de 2011, quando houve deflação de 0,46%.
Segundo dados divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19 das 23 atividades industriais analisadas apresentaram alta de preços em maio. As principais influências para o resultado partiram de alimentos, que ficaram em média 3,11% mais caros no período; outros produtos químicos, com elevação de 3,19%; e refino de petróleo e produtos de álcool, com aumento de 1,17%.
No acumulado do ano, o IPP registra taxa de 3,32%. O índice acumulado em 12 meses chega a 4,73%.

Agência Brasil

Avaliação positiva do governo atinge maior índice, mostra pesquisa CNI/Ibope

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Aumenta novamente a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff, de acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, divulgada hoje (29). O índice de pessoas que consideram a gestão ótima ou boa subiu de 56%, em março, para 59% em junho. É o maior percentual registrado desde o início do governo.
Já os índices de brasileiros que aprovam a maneira como Dilma governa e que confiam na presidenta ficaram estáveis em 77% e 72%, respectivamente, em relação a março. Sobre a expectativa em relação ao restante do mandato de Dilma, 61% consideram ótimo ou bom e 25%, regular. O percentual dos que acham esse quesito ruim ou péssimo se manteve em 10% desde dezembro de 2011
De acordo com a pesquisa, a melhora na avaliação do governo foi puxada pelas medidas econômicas adotadas. Prova disso, afirma a CNI, é o fato de, entre as nove áreas avaliadas, as três que apresentaram melhora terem sido a de taxa de juros (cujo índice de aprovação subiu de 33% em março para 49% em junho), a de combate à inflação (passou de 42% para 46%) e impostos, que aumentou de 28% para 31%.
As áreas mais bem avaliadas foram combate à fome e à pobreza, com 57% de aprovação, meio ambiente (55%) e combate a desemprego (53%). A pesquisa da CNI registrou que as áreas que tiveram suas avaliações pioradas foram as de saúde e educação, com índices de reprovação de 66% e de 54%, respectivamente.
A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 19 de junho. A margem de erro é 2 pontos percentuais.

Agência Brasil

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cachoeira pagou por serviço na campanha de Perillo

Por zanuja castelo branco
Da Agência Câmara
O jornalista Luiz Carlos Bordoni ofereceu à CPMI os sigilos fiscal, bancário e telefônico dele e da sua filha, que teria recebido os depósitos relativos à campanha eleitoral do governador de Goiás.
Beto Oliveira
Luiz Carlos Bordoni e dep. Paulo Teixeira (primeiro vice-presidente)
Luiz Carlos Bordoni (E) disse que recebeu pagamentos por meio de empresas de fachada de Cachoeira.
O jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou, nesta quarta-feira, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que uma parte do pagamento (R$ 90 mil) pelo seu trabalho na campanha eleitoral de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás, em 2010, foi paga por duas empresas de fachada do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira: a Alberto & Pantoja Construções e a Adécio & Rafael Construção e Terraplanagem.
“O pagador de contas de Marconi Perillo [Lúcio Fiúza Gouthier] passou o número da conta da minha filha para uma quadrilha e envolveu o nosso nome nessa investigação”, disse. Ele ofereceu à CPMI os sigilos telefônico, bancário e fiscal, dele e da filha, que teria recebido os depósitos.
Bordoni acusou Perillo de juramento falso à CPMI, por ter mentido ao negar o pagamento por dívidas de campanha. Segundo Bordoni, não havia contrato porque o acordo foi feito “entre amigos” e ele confiava no governador. Em seguida, ele passou a acusar o “ex-amigo” de envolvimento com Cachoeira, denunciando inclusive negócios escusos e a existência de um governo paralelo em Goiás comandado pelo contraventor. Cachoeira é acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de chefiar um esquema de jogos ilegais e de fazer tráfico de influência com agentes públicos e privados.
Bate-boca
Beto OliveiraDep. Carlos Sampaio (PSDB-SP) 
Carlos Sampaio: dúvidas sobre a confiabilidade do depoente desta quarta-feira.

As denúncias feitas por Bordoni provocaram resposta do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), e trocas de acusações entre os dois. Sampaio relembrou condenações de Bordoni na Justiça, por textos publicados na imprensa, e o jornalista respondeu que o deputado não queria investigar as ligações de Perillo. “Não sei se é possível confiar num depoente com esses antecedentes criminais”, disse Sampaio.
Bordoni lembrou que a ação contra ele foi anulada, porque o crime havia prescrito, e lembrou que os textos defendiam Perillo, à época processado pelos mesmos procuradores que entraram com ação contra o jornalista. “Esses processos são brigas minhas em defesa do candidato Perillo”, explicou.
Depósitos
O jornalista disse que havia passado o número da conta da filha dele, Bruna, para Gouthier, para receber quantias atrasadas relativas à campanha eleitoral de 2010, e depois foi informado de que o depósito havia sido feito, mas não checou quem havia depositado.
Ele não soube precisar os telefones usados para agilizar essa transação, mas o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que tentará encontrar nas ligações de Gouthier e Bordoni esses telefonemas.
O envolvimento de Bruna foi descoberto pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), que revelou os depósitos durante o depoimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado. Além dos depósitos, a filha de Bordoni foi nomeada assessora no gabinete de Demóstenes.
Bordoni explicou que o emprego da filha foi dado pelo senador como gratidão por sua ajuda na campanha de 2006 e nada tem a ver com o envolvimento dele com Cachoeira. No entanto, Bruna não chegou a assumir o cargo porque estava com um estágio avançado de hepatite e teve de fazer um transplante de fígado.
O jornalista disse que recebeu, em dia, R$ 80 mil do total de R$ 120 mil combinados pelo seu trabalho. “Foram R$ 40 mil em dinheiro do próprio governador, ainda candidato, retirados de um frigobar em seu escritório, R$ 30 mil pagos pelo comitê de campanha, e R$ 10 mil pagos por Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), em seu escritório.”
Além dos R$ 40 mil que ficaram faltando, Bordoni teria deixado de receber R$ 50 mil relativos ao bônus pela vitória na eleição. Ou seja, ficaram atrasados R$ 90 mil, que foram pagos pelas duas empresas de fachada de Cachoeira, em depósitos na conta da filha dele. “O recebimento dessas quantias atrasadas, o que acabou por envolver o nome da minha filha nas investigações, é que me trouxe a essa CPMI”, disse Bordoni.

Odair destacou que "recursos financeiros dessa organização criminosa foram parar na conta da filha de vossa senhoria". Para o deputado, "essa descoberta faz com que o senhor esteja aqui hoje colaborando com essa CPMI afim de que possamos desvendar essa organização que continua operando e atuando apesar de seu principal chefe ainda manter-se preso".
Justificativa de pagamento
Em sua defesa, Perillo havia dito à CPMI que Bordoni foi pago pela empresa Artmidia, tendo recebido R$ 33 mil reais registrados em sua prestação de contas. Bordoni reconhece a nota fiscal, e disse que ela foi apresentada pela empresa de um amigo para justificar o pagamento de R$ 30 mil, fora os impostos, feito pelo comitê de campanha, como parte de seus serviços.
Bordoni apresentou uma declaração da empresa dizendo que ele não prestou serviços a ela para a campanha de Perillo. Bordoni participou das campanhas para o Senado de Demóstenes Torres e da senadora Lúcia Vânia (PSDB-TO), mas disse que, nos dois casos, foi contratado por empresas de publicidade e marketing e prestou serviços dentro da lei. “Da mesma forma, prestei um trabalho limpo [para Perillo] e esperava receber um dinheiro limpo, e não por meio de caixa dois”, disse.
Rei do achaque
Bordoni rejeitou a versão contada pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, de que o marido sofreu extorsão do jornalista para não atrapalhar seus negócios. “Quem sou eu para achacar o rei do achaque?”, perguntou. Ele questiona o fato de não ter aparecido nenhuma gravação dessa suposta chantagem e nenhum papel, pois se alega que tenha sido feita por escrito.
Bordoni informou que conhece Perillo desde que este ajudava o pai em um balcão de bar e que por ele “topava qualquer parada”. Lembrou ainda que foi até condenado por defender seu candidato, mas não se importou “porque, por Marconi, seja o que Deus quiser”.

Blog do Luis Nassif

Cláudio Monteiro: os assassinatos da mídia

 

Autor: 

Acabo de assistir parte do depoimento de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agenlo Queiroz, governador do Distrito Federal. Foi seguro, técnico, transparente. Garantiu nunca ter tido o menor contato nem com Cavendish, nem com Cachoeira.
Foi consagrador, nos elogios unânimes dos oposicionistas que o interrogaram, inclusive dos parlamentares mais duros nos interrogatorios. Um deles, o mais duro, considerou-se plenamente convencido de sua inocência e lamentou o fato de ter-se lançado a mancha da suspeita até sobre um filho dele.
No seu desabafo, Monteiro contou que parentes dele negavam o parentesco, com vergonha das matérias que saíam acusando-o. Palavras dele: "Eu quero o direito de ir à padaria com meus filhos, na normalidade. Não quero cargo. Quero apenas o direito de caminhar pelas ruas".
Elo 1 A TerraCap, do governo do DF, mantém contrato com a agência de publicidade Pla, da família de Marcello de Oliveira Lopes, homem de confiança de Claudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz (PT).
Elo 2 O contrato com a Pla, de R$ 13,5 milhões, foi firmado em 2009 e renovado em 2011. A PF aponta que Marcellão, como é conhecido, pediu para o grupo de Cachoeira ajudar em negócios com os governos do DF e do Rio. 
Os alvos da CPI do cachoeira, Folha 30/04/2012, da sucursal de Brasilia da Folha
INFLUÊNCIA
O então chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, recebeu de Cachoeira um aparelho de telefone supostamente a prova de grampo. Monteiro também teria tido reuniões com o grupo. Segundo a PF, há suspeita de pagamento de propina para que a Delta recebesse verbas do governo do DF 
Governador do DF admite encontro com Cachoeira de 13/04/2012
 Na terça-feira, o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, deixou o cargo após a revelação de que seu nome, segundo a investigação, aparece ligado ao esquema do grupo de Cachoeira.
Diálogos telefônicos sugerem que a construtora Delta pagou propinas para receber por serviços ao governo do Distrito Federal. A empreiteira nega irregularidade. 
O nome de Claudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT), é citado em gravação da PF. Monteiro admite que recebeu aliados de Cachoeira para tratar de contratos da Delta: as reuniões foram com Claudio Abreu e o sargento aposentado Idalberto Matias, o Dadá, que teria se apresentado como presidente da associação de varredores. 
(No depoimento, Monteiro diz jamais ter recebido Cachoeira ou Dadá)
A Polícia Federal investiga um ex-assessor do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), por envolvimento na interceptação ilegal de e-mails de adversários. (...) 
 Marcello Lopes é homem de confiança do atual chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, que o levou para o alto escalão do governo de Agnelo. Monteiro também aparece na investigação da Polícia Federal.
Entre 2011 e 2012, Lopes tratou de acesso a e-mails de terceiros em conversas telefônicas com o sargento Idalberto Matias, o Dadá, apontado como araponga do grupo de Cachoeira, segundo confirmaram à Folha três fontes das investigações.
(No depoimento, Monteiro negou peremptoriamente que o assessor pudesse ter cometido isso)
Cláudio Monteiro, Marcello de Oliveira, Paulo Tadeu, Rafael Barbosa e João Feitoza, o Zunga: contatos do grupo com a máfia incluem menções a propina
Repórter Gabriel Castro
(...)  O chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, caiu por suspeita de recebimento de propina. João Carlos Feitoza, o Zunga, foi subsecretário de Esporte. Também deixou o cargo quando surgiram indícios de que havia recebido dinheiro da quadrilha. Marcello de Oliveira, o Marcellão, foi assessor especial da Casa Militar. Acabou exonerado porque os investigadores descobriram que atuava como uma ponte entre o grupo de Cachoeira e o governo.
Ao trio somam-se dois integrantes do primeiro-time de Agnelo: o secretário de Governo, Paulo Tadeu, e o de Saúde, Rafael Barbosa. A dupla se encontrou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, para tratar do contrato de coleta de lixo na capital. Abreu relatou o encontro em um telefonema ao próprio Cachoeira. E contou que a dupla pretendia se aproximar do contraventor.
Propina - Os indícios de corrupção são fortes: os diálogos da quadrilha revelam que um pagamento de 3 000 reais a Zunga entrou na contabilidade do bando. O próprio Zunga aparece em diálogos cobrando o adiantamento "daquele negócio". Cláudio Monteiro, por sua vez, é citado como o destinatário de um "presente" pela indicação de um aliado da quadrilha no comando do Serviço de Limpeza Urbana da capital: 20 000 reais de imediato e uma mesada de 5 000 reais.
Em um diálogo posterior, integrantes do grupo revelam uma mudança de estratégia. Cláudio Monteiro não receberia mais propina. O alvo seria Rafael Barbosa. Ambos têm ligações estreitas com Agnelo. Monteiro foi número 2 de Agnelo no Ministério do Esporte. Barbosa foi número 2 de Agnelo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Do G1, mencionando matéria de Jornal Nacional
Trechos de gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram suposta ligação do chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, com o grupo de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás. Dois integrantes da quadrilha discutem o pagamento de uma mesada para ter benefícios em contratos milionários no setor de limpeza pública. Monteiro nega ter favorecido o grupo. A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro do ano passado, e obtidas pelo Jornal Nacional. Diretor da Construtora Delta na região Centro-Oeste, Claudio Abreu liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Edição do dia 10/04/2012
10/04/2012 22h06 - Atualizado em 10/04/2012 22h06

Gravações envolvem em escândalo chefe de gabinete de governador

Conversas gravadas pela Polícia Federal revelam que quadrilha do bicheiro Cachoeira fala em dar dinheiro para o chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Cláudio Monteiro.

 
As gravações da Polícia Federal na operação Monte Carlo envolveram no escândalo o chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT. A reportagem de Vladimir Neto mostra que dois integrantes da quadrilha discutiram o pagamento de uma mesada para ter benefícios em contratos no Setor de Limpeza Pública.
A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro de 2011. Claudio Abreu, diretor da construtora Delta na Região Centro-Oeste, liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Blog do Luis Nassif

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Arquivado processo contra o ex-ministro Antônio Palocci


Image
Antônio Palocci

De forma discreta, ao contrário do escândalo que armaram quando as acusações foram feitas e o processo foi instaurado, os jornalões registram hoje que a Justiça paulista arquivou a investigação sobre o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci, para averiguar se ele fizera lavagem de dinheiro e comprado um apartamento com recursos de origem ilícita.

A investigação era para apurar se o ex-ministro tinha usado um "laranja" para ocultar a compra do imóvel ou simulado sua locação uma vez que esta foi feita em nome de uma empresa. O inquérito foi innstaurado em setembro do ano passado pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos (GEDEC) ) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a partir de uma representação do deputado Pedro Tobias (PSDB).

O arquivamento foi determinado, segundo o promotor Joel Carlos Moreira da Silveira, porque "não foram encontrados elementos indicativos de que o apartamento tenha sido comprado por Palocci". De acordo com o promotor, "ainda que Palocci fosse o verdadeiro dono do imóvel, nas apurações não foram encontradas evidências de operações com dinheiro de origem ilícita."

Também o advogado de defesa do ex-ministro, José Roberto Batochio, apresentou ao MP-SP mais de 40 recibos de pagamentos do aluguel do apartamento o que, segundo ele, comprova que Antônio Palocci "encontrou e alugou o apartamento por meio de uma imobiliária, e pagou regularmente os valores previstos no contrato de locação".

Batochio acrecentou, ainda, que o ex-ministro "nunca teve qualquer contato com sócio da empresa proprietária do imóvel".
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)


Blog do Zé Dirceu





Todos ao ato pela democracia e em solidariedade ao povo paraguaio


Democratas e defensores da liberdade, do respeito à Constituição e ao estrito cumprimento das leis e princípios que regem a vida dos Estados modernos e civilizados hoje, têm um compromisso inadiável na tarde desta feira (28.06): participar do ato em solidariedade ao povo paraguaio e pelo restabelecimento do presidente deposto Fernando Lugo às prerrogativas de seu mandato constitucional.

O ato promovido por um grande número de movimentos sociais está programado para às 16 h em frente ao Gabinete Regional da Presidência da República, no Edifício do Banco do Brasil, na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta, em São Paulo.

A manifestação é para cobrar da presidenta Dilma Rousseff iniciativas e todo apoio às medidas tomadas contra os golpistas paraguaios, como a suspensão do governo de Federico Franco; às sanções comerciais contra o governo golpista instalado em Assumção; ao cancelamento dos projetos de cooperação econômica; e ao bloqueio aos financiamentos públicos enquanto o governo ilegítimo estiver no poder.

"Vamos às ruas expressar nossa solidariedade ao povo paraguaio e demandar aos países-membros do Mercosul que estarão reunidos em Mendoza, na Argentina, uma ação enérgica contra a ação golpista que serve aos interesses da oligarquia local e do império estadunidense", diz o manifesto convocatório ao ato.

O protesto desta 5ª feira à tarde na Paulista esquina com Augusta é convocado, dentre outras organizações, pelo MST, CUT, Cebrapaz, Marcha das Mulheres, União da Juventude Socialista, secretaria de relações exteriores do PT  e Movimento Levante Popular Jovem.

Blog do Zé Dirceu
 

Justiça faz com que Lei de Anistia deixe de ser escudo para criminosos e torturadores

ImageDuas decisões tomadas nesse início de semana, no âmbito e/ou relacionadas ao Judiciário, mostram que caminhamos para uma fase no país em que de nada adiantará criminosos e torturadores na ditadura militar invocarem a Lei da Anistia recíproca de 1979 porque ela não mais acobertará seus crimes e nem os manterá impunes.


As duas decisões desse começo de semana mostram que mais cedo ou mais tarde, como sempre modestamente previ aqui, os torturadores e criminosos que agiram no regime de exceção responderão perante à justiça pelos crimes que praticaram.


Uma das decisões foi a condenação pela justiça do ex-chefe do DOI-CODI paulista, coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, a pagar indenização a parentes (à esposa e a uma irmã) do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, assassinado em 1971 no centro de tortura do então II Exército, hoje Comando Militar do Leste.


A outra, é o anúncio feito pela família Herzog de que vai entrar com pedido de cumprimento da ordem judicial que determinou ao Ministério Público a apuração das circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog, também no DOI-CODI de São Paulo, em 1975.


Como se vê, as duas decisões  mostram que de nada servirá no futuro próximo a Lei da Anistia em que se escudam criminosos e torturadores para continuarem impunes. Nem de nada adiantará esses criminosos continuarem negando o que fizeram. É inexorável e, mais cedo do que imaginam, estarão no banco dos réus respondendo à justiça pelos crimes que praticaram.


Para mais informações sobre as duas decisões relacionadas à Justiça, leiam, também, a nota Com Herzog e Merlino, a simulação de sempre: suicídio

Blog do Zé Dirceu

terça-feira, 26 de junho de 2012

O golpe em Assunção e a tríplice fronteira - Mauro Santayana

 
A moderação dos Estados Unidos, que dizem estranhar a rapidez do processo de impeachment do presidente Lugo, não deve alimentar o otimismo continental. Em plena campanha eleitoral, a equipe de Obama (mesmo a senhora Clinton) caminha com cautela, e não lhe convém tomar atitudes drásticas nestas semanas. Esta razão os leva a deixar o assunto, neste momento, nas mãos da OEA. Na verdade, se as autoridades de Washington não ordenaram a operação relâmpago contra Lugo, não há dúvida de que o Parlamento paraguaio vem sendo, e há muito, movido pelo controle remoto do Norte.

E é quase certo que, ao agir como agiram, os inimigos de Lugo contavam com o aval norte-americano. E ainda contam. Conforme o Wikileaks revelou, a embaixada norte-americana informava a Washington, em março de 2009, que a direita preparava um “golpe democrático” contra Lugo, mediante o Parlamento. Infelizmente, não sabemos o que a embaixada dos Estados Unidos em Assunção comunicou ao seu governo depois e durante toda a maturação do golpe: Assange e Meaning estão fora de ação.

Não é segredo que os falcões ianques sonham com o controle da Tríplice Fronteira. Não há, no sul do Hemisfério, ponto mais estratégico do que o que une o Brasil ao Paraguai e à Argentina. É o ponto central da região mais populosa e mais industrializada da América do Sul, a pouco mais de duas horas de voo de Buenos Aires, de São Paulo e de Brasília. Isso sem falar nas cataratas do Iguaçu, no Aquífero Guarani e na Usina de Itaipu. Por isso mesmo, qualquer coisa que ocorra em Assunção e em Buenos Aires nos interessa, e de muito perto.

Não procede a afirmação de Julio Sanguinetti, o ex-presidente uruguaio, de que estamos intervindo em assuntos internos do Paraguai. É provável que o ex-presidente — que teve um desempenho neoliberal durante seu mandato — esteja, além de ao Brasil e à Argentina, dirigindo suas críticas também a José Mujica, lutador contra a ditadura militar, que o manteve durante 14 anos prisioneiro, e que vem exercendo um governo exemplar de esquerda no Uruguai.

Não houve intervenção nos assuntos internos do Paraguai, mas a reação normal de dois organismos internacionais que se regem por tratados de defesa do estado de direito no continente, o Mercosul e a Unasul — isso sem se falar na OEA, cujo presidente condenou, ad referendum da assembleia, o golpe parlamentar de Assunção.

É da norma das relações internacionais a manifestação de desagrado contra decisões de outros países, mediante medidas diplomáticas. Essas medidas podem evoluir, conforme a situação, até a ruptura de relações, sem que haja intervenção nos assuntos internos, nem violação aos princípios da autodeterminação dos povos.

A prudência — mesmo quando os atos internos não ameacem os países vizinhos — manda não reconhecer, de afogadilho, um governo que surge ex-abrupto, em manobra parlamentar de poucas horas. E se trata de sadia providência expressar, de imediato, o desconforto pelo processo de deposição, sem que tenha havido investigação minuciosa dos fatos alegados, e amplo direito de defesa do presidente.

Registre-se o açodamento nada cristão do núncio apostólico em hipotecar solidariedade ao sucessor de Lugo, a ponto de celebrar missa de regozijo no dia de sua posse. O Vaticano, ao ser o primeiro a reconhecer o novo governo, não agiu como Estado, mas, sim, como sede de uma seita religiosa como outra qualquer.

O bispo é um pecador, é verdade, mas menos pecador do que muitos outros prelados da Igreja. Ele, ao gerar filhos, agiu como um homem comum. Outros foram muito mais adiante nos pecados da carne — sem falar em outros deslizes, da mesma gravidade — e têm sido “compreendidos” e protegidos pela alta hierarquia da Igreja. O maior pecado de Lugo é o de defender os pobres, de retornar aos postulados da Teologia da Libertação.

Lugo parece decidido a recuperar o seu mandato — que duraria, constitucionalmente, até agosto do próximo ano. Não parece que isso seja fácil, embora não seja improvável. Na realidade, Lugo não conta com a maior parcela da classe média paraguaia, e possivelmente enfrente a hostilidade das forças militares. Os chamados poderes de fato — a começar pela Igreja Católica, que tem um estatuto de privilégios no Paraguai — não assimilaram o bispo e as suas ideias. Em política, no entanto, não convém subestimar os imprevistos.

Os fazendeiros brasileiros que se aproveitaram dos preços relativamente baixos das terras paraguaias, e lá se fixaram, não podem colocar os seus interesses econômicos acima dos interesses permanentes da nação. É natural que aspirem a boas relações entre os dois países e que, até mesmo, peçam a Dilma que reconheça o governo. Mas o governo brasileiro não parece disposto a curvar-se diante dessa demanda corporativa dos “brasiguaios”.

No Paraguai se repete uma endemia política continental, sob o regime presidencialista. O povo vota em quem se dispõe a lutar contra as desigualdades e em assegurar a todos a educação, a saúde e a segurança, mediante a força do Estado. Os parlamentos são eleitos por feudos eleitorais dominados por oligarcas, que pretendem, isso sim, manter seus privilégios de fortuna, de classe, de relações familiares.

Nós sofremos isso com a rebelião parlamentar, empresarial e militar (com apoio estrangeiro) contra Getulio, em 1954, que o levou ao suicídio; contra Juscelino, mesmo antes de sua posse, e, em duas ocasiões, durante seu mandato. Todas foram debeladas. A conspiração se repetiu com Jânio, e com Jango — deposto pela aliança golpista civil e militar, patrocinada por Washington, em 1964.

A decisão dos países do Mercosul de suspender o Paraguai de sua filiação ao tratado, e a da Unasul de só reconhecer o governo paraguaio que nasça das novas eleições marcadas para abril, não ferem a soberania do Paraguai, mas expressam um direito de evitar que as duas alianças continentais sejam cúmplices de um golpe contra o estado democrático de direito no país vizinho. 
 Mauro Santayana 


Conversa Afiada