quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cláudio Monteiro: os assassinatos da mídia

 

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Acabo de assistir parte do depoimento de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agenlo Queiroz, governador do Distrito Federal. Foi seguro, técnico, transparente. Garantiu nunca ter tido o menor contato nem com Cavendish, nem com Cachoeira.
Foi consagrador, nos elogios unânimes dos oposicionistas que o interrogaram, inclusive dos parlamentares mais duros nos interrogatorios. Um deles, o mais duro, considerou-se plenamente convencido de sua inocência e lamentou o fato de ter-se lançado a mancha da suspeita até sobre um filho dele.
No seu desabafo, Monteiro contou que parentes dele negavam o parentesco, com vergonha das matérias que saíam acusando-o. Palavras dele: "Eu quero o direito de ir à padaria com meus filhos, na normalidade. Não quero cargo. Quero apenas o direito de caminhar pelas ruas".
Elo 1 A TerraCap, do governo do DF, mantém contrato com a agência de publicidade Pla, da família de Marcello de Oliveira Lopes, homem de confiança de Claudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz (PT).
Elo 2 O contrato com a Pla, de R$ 13,5 milhões, foi firmado em 2009 e renovado em 2011. A PF aponta que Marcellão, como é conhecido, pediu para o grupo de Cachoeira ajudar em negócios com os governos do DF e do Rio. 
Os alvos da CPI do cachoeira, Folha 30/04/2012, da sucursal de Brasilia da Folha
INFLUÊNCIA
O então chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, recebeu de Cachoeira um aparelho de telefone supostamente a prova de grampo. Monteiro também teria tido reuniões com o grupo. Segundo a PF, há suspeita de pagamento de propina para que a Delta recebesse verbas do governo do DF 
Governador do DF admite encontro com Cachoeira de 13/04/2012
 Na terça-feira, o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, deixou o cargo após a revelação de que seu nome, segundo a investigação, aparece ligado ao esquema do grupo de Cachoeira.
Diálogos telefônicos sugerem que a construtora Delta pagou propinas para receber por serviços ao governo do Distrito Federal. A empreiteira nega irregularidade. 
O nome de Claudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT), é citado em gravação da PF. Monteiro admite que recebeu aliados de Cachoeira para tratar de contratos da Delta: as reuniões foram com Claudio Abreu e o sargento aposentado Idalberto Matias, o Dadá, que teria se apresentado como presidente da associação de varredores. 
(No depoimento, Monteiro diz jamais ter recebido Cachoeira ou Dadá)
A Polícia Federal investiga um ex-assessor do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), por envolvimento na interceptação ilegal de e-mails de adversários. (...) 
 Marcello Lopes é homem de confiança do atual chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, que o levou para o alto escalão do governo de Agnelo. Monteiro também aparece na investigação da Polícia Federal.
Entre 2011 e 2012, Lopes tratou de acesso a e-mails de terceiros em conversas telefônicas com o sargento Idalberto Matias, o Dadá, apontado como araponga do grupo de Cachoeira, segundo confirmaram à Folha três fontes das investigações.
(No depoimento, Monteiro negou peremptoriamente que o assessor pudesse ter cometido isso)
Cláudio Monteiro, Marcello de Oliveira, Paulo Tadeu, Rafael Barbosa e João Feitoza, o Zunga: contatos do grupo com a máfia incluem menções a propina
Repórter Gabriel Castro
(...)  O chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, caiu por suspeita de recebimento de propina. João Carlos Feitoza, o Zunga, foi subsecretário de Esporte. Também deixou o cargo quando surgiram indícios de que havia recebido dinheiro da quadrilha. Marcello de Oliveira, o Marcellão, foi assessor especial da Casa Militar. Acabou exonerado porque os investigadores descobriram que atuava como uma ponte entre o grupo de Cachoeira e o governo.
Ao trio somam-se dois integrantes do primeiro-time de Agnelo: o secretário de Governo, Paulo Tadeu, e o de Saúde, Rafael Barbosa. A dupla se encontrou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, para tratar do contrato de coleta de lixo na capital. Abreu relatou o encontro em um telefonema ao próprio Cachoeira. E contou que a dupla pretendia se aproximar do contraventor.
Propina - Os indícios de corrupção são fortes: os diálogos da quadrilha revelam que um pagamento de 3 000 reais a Zunga entrou na contabilidade do bando. O próprio Zunga aparece em diálogos cobrando o adiantamento "daquele negócio". Cláudio Monteiro, por sua vez, é citado como o destinatário de um "presente" pela indicação de um aliado da quadrilha no comando do Serviço de Limpeza Urbana da capital: 20 000 reais de imediato e uma mesada de 5 000 reais.
Em um diálogo posterior, integrantes do grupo revelam uma mudança de estratégia. Cláudio Monteiro não receberia mais propina. O alvo seria Rafael Barbosa. Ambos têm ligações estreitas com Agnelo. Monteiro foi número 2 de Agnelo no Ministério do Esporte. Barbosa foi número 2 de Agnelo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Do G1, mencionando matéria de Jornal Nacional
Trechos de gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram suposta ligação do chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, com o grupo de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás. Dois integrantes da quadrilha discutem o pagamento de uma mesada para ter benefícios em contratos milionários no setor de limpeza pública. Monteiro nega ter favorecido o grupo. A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro do ano passado, e obtidas pelo Jornal Nacional. Diretor da Construtora Delta na região Centro-Oeste, Claudio Abreu liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Edição do dia 10/04/2012
10/04/2012 22h06 - Atualizado em 10/04/2012 22h06

Gravações envolvem em escândalo chefe de gabinete de governador

Conversas gravadas pela Polícia Federal revelam que quadrilha do bicheiro Cachoeira fala em dar dinheiro para o chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Cláudio Monteiro.

 
As gravações da Polícia Federal na operação Monte Carlo envolveram no escândalo o chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT. A reportagem de Vladimir Neto mostra que dois integrantes da quadrilha discutiram o pagamento de uma mesada para ter benefícios em contratos no Setor de Limpeza Pública.
A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro de 2011. Claudio Abreu, diretor da construtora Delta na Região Centro-Oeste, liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Blog do Luis Nassif

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