Autor:
Luis Nassif
Acabo de assistir parte do depoimento de Cláudio Monteiro, ex-chefe
de gabinete de Agenlo Queiroz, governador do Distrito Federal. Foi
seguro, técnico, transparente. Garantiu nunca ter tido o menor contato
nem com Cavendish, nem com Cachoeira.
Foi consagrador, nos elogios unânimes dos oposicionistas que o
interrogaram, inclusive dos parlamentares mais duros nos
interrogatorios. Um deles, o mais duro, considerou-se plenamente
convencido de sua inocência e lamentou o fato de ter-se lançado a mancha
da suspeita até sobre um filho dele.
No seu desabafo, Monteiro contou que parentes dele negavam o
parentesco, com vergonha das matérias que saíam acusando-o. Palavras
dele: "Eu quero o direito de ir à padaria com meus filhos, na
normalidade. Não quero cargo. Quero apenas o direito de caminhar pelas
ruas".
Elo 1 A TerraCap, do governo do DF, mantém contrato
com a agência de publicidade Pla, da família de Marcello de Oliveira
Lopes, homem de confiança de Claudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de
Agnelo Queiroz (PT).
Elo 2 O contrato com a Pla, de R$ 13,5 milhões, foi
firmado em 2009 e renovado em 2011. A PF aponta que Marcellão, como é
conhecido, pediu para o grupo de Cachoeira ajudar em negócios com os
governos do DF e do Rio.
Os alvos da CPI do cachoeira, Folha 30/04/2012, da sucursal de Brasilia da Folha
INFLUÊNCIA
O então chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, recebeu de Cachoeira um aparelho de telefone supostamente a prova de grampo. Monteiro também teria tido reuniões com o grupo. Segundo a PF, há suspeita de pagamento de propina para que a Delta recebesse verbas do governo do DF
O então chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, recebeu de Cachoeira um aparelho de telefone supostamente a prova de grampo. Monteiro também teria tido reuniões com o grupo. Segundo a PF, há suspeita de pagamento de propina para que a Delta recebesse verbas do governo do DF
Governador do DF admite encontro com Cachoeira de 13/04/2012
Na terça-feira, o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro,
deixou o cargo após a revelação de que seu nome, segundo a investigação,
aparece ligado ao esquema do grupo de Cachoeira.
Diálogos telefônicos sugerem que a construtora Delta pagou propinas
para receber por serviços ao governo do Distrito Federal. A empreiteira
nega irregularidade.
O nome de Claudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo
Queiroz (PT), é citado em gravação da PF. Monteiro admite que recebeu
aliados de Cachoeira para tratar de contratos da Delta: as reuniões
foram com Claudio Abreu e o sargento aposentado Idalberto Matias, o
Dadá, que teria se apresentado como presidente da associação de
varredores.
(No depoimento, Monteiro diz jamais ter recebido Cachoeira ou Dadá)
A Polícia Federal investiga um ex-assessor do governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz (PT), por envolvimento na interceptação ilegal
de e-mails de adversários. (...)
Marcello Lopes é homem de confiança do atual chefe de gabinete do
governador, Cláudio Monteiro, que o levou para o alto escalão do governo
de Agnelo. Monteiro também aparece na investigação da Polícia Federal.
Entre 2011 e 2012, Lopes tratou de acesso a e-mails de terceiros em
conversas telefônicas com o sargento Idalberto Matias, o Dadá, apontado
como araponga do grupo de Cachoeira, segundo confirmaram à Folha três fontes das investigações.
(No depoimento, Monteiro negou peremptoriamente que o assessor pudesse ter cometido isso)
Cláudio Monteiro, Marcello de Oliveira, Paulo Tadeu, Rafael Barbosa e
João Feitoza, o Zunga: contatos do grupo com a máfia incluem menções a
propina
Repórter Gabriel Castro
Repórter Gabriel Castro
(...) O chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, caiu por
suspeita de recebimento de propina. João Carlos Feitoza, o Zunga, foi
subsecretário de Esporte. Também deixou o cargo quando surgiram indícios
de que havia recebido dinheiro da quadrilha. Marcello de Oliveira, o
Marcellão, foi assessor especial da Casa Militar. Acabou exonerado
porque os investigadores descobriram que atuava como uma ponte entre o
grupo de Cachoeira e o governo.
Ao trio somam-se dois integrantes do primeiro-time de Agnelo: o
secretário de Governo, Paulo Tadeu, e o de Saúde, Rafael Barbosa. A
dupla se encontrou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta no
Centro-Oeste, para tratar do contrato de coleta de lixo na capital.
Abreu relatou o encontro em um telefonema ao próprio Cachoeira. E contou
que a dupla pretendia se aproximar do contraventor.
Propina - Os indícios de corrupção são fortes: os
diálogos da quadrilha revelam que um pagamento de 3 000 reais a Zunga
entrou na contabilidade do bando. O próprio Zunga aparece em diálogos
cobrando o adiantamento "daquele negócio". Cláudio Monteiro, por sua
vez, é citado como o destinatário de um "presente" pela indicação de um
aliado da quadrilha no comando do Serviço de Limpeza Urbana da capital:
20 000 reais de imediato e uma mesada de 5 000 reais.
Em um diálogo posterior, integrantes do grupo revelam uma mudança de
estratégia. Cláudio Monteiro não receberia mais propina. O alvo seria
Rafael Barbosa. Ambos têm ligações estreitas com Agnelo. Monteiro foi
número 2 de Agnelo no Ministério do Esporte. Barbosa foi número 2 de
Agnelo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Do G1, mencionando matéria de Jornal Nacional
Trechos de gravações feitas pela Polícia Federal na Operação
Monte Carlo mostram suposta ligação do chefe de gabinete do governador
do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, com o grupo de
Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogo ilegal em
Goiás. Dois integrantes da quadrilha discutem o pagamento de uma mesada
para ter benefícios em contratos milionários no setor de limpeza
pública. Monteiro nega ter favorecido o grupo. A conversa foi gravada
pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro do ano
passado, e obtidas pelo Jornal Nacional. Diretor da Construtora Delta na
região Centro-Oeste, Claudio Abreu liga para Idalberto Matias de
Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos
Cachoeira.
Edição do dia 10/04/2012
10/04/2012 22h06 - Atualizado em 10/04/2012 22h06Gravações envolvem em escândalo chefe de gabinete de governador
Conversas gravadas pela Polícia Federal revelam que quadrilha do bicheiro Cachoeira fala em dar dinheiro para o chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Cláudio Monteiro.
As gravações da Polícia Federal na operação Monte Carlo
envolveram no escândalo o chefe de gabinete do governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz, do PT. A reportagem de Vladimir Neto mostra que
dois integrantes da quadrilha discutiram o pagamento de uma mesada para
ter benefícios em contratos no Setor de Limpeza Pública.
A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da
Justiça, em janeiro de 2011. Claudio Abreu, diretor da construtora Delta
na Região Centro-Oeste, liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá,
um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Blog do Luis Nassif
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