O
governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), entrou em contato com o
líder de seu partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), nesta quarta-feira
13, e colocou à disposição da CPI do Cachoeira seus sigilos bancário,
fiscal e telefônico. Perillo voltou atrás da postura que teve na
terça-feira 12. Em depoimento à CPI do Cachoeira, ele disse que não
havia motivo para que seus sigilos fossem quebrados. A sugestão, feita
pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), provocou um grande
bate boca na CPI entre governistas e oposicionistas.
O governador de Goiás mudou de ideia algumas horas depois do
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), colocar à
disposição da CPI os seus sigilos durante depoimento à comissão. O
deputado Bruno Araújo diz que “não há nada a esconder, e o PSDB tem
confiança na idoneidade do governador Perillo”.
Perillo é suspeito de negociar um imóvel com o empresário goiano
Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele teria
recebido ajuda do ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez (PSDB). Foi
nesta casa, localizada em Goiânia, que Carlinhos Cachoeira foi preso
pela Polícia Federal em 29 de fevereiro. O governador também é suspeito
de nomear pessoas indicadas pelo bicheiro para órgãos estaduais.
No depoimento feito à CPI, Perillo negou que tenha relação de
proximidade com Cachoeira. Perillo afirmou que a venda da casa em
Goiânia se deu de forma regular. Ele também argumentou que as gravações
feitas pela Polícia Federal durante a investigações não apontam para uma
relação próxima entre eles.
Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário