Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, discursou na noite deste domingo
como o primeiro presidente democraticamente eleito da história do
Egito, prometendo ser "um presidente para todos os egípcios".
Magdi Abdelhadi
Analista da BBC no Oriente MédioA ascensão dos islamistas ao poder no Egito deverá enviar ondas de impacto às cortes e palácios dos reis e presidentes árabes conservadores que tentaram por décadas sufocar os movimentos polítos islâmicos.
No entanto, Israel é o vizinho do país que assistiu ao resultado da eleição com maior apreensão.
O Cairo foi o primeiro Estado árabe a assinar um tratado de paz com Israel e a Irmandade Muçulmana tem a posição tradicional de se opôr à medida, embora tal oposição tenha sido suavizada nos últimos anos –ao menos publicamente.
Acredita-se que a Irmandade Muçulmana tenha assegurado Washington de que um governo islâmico no Egito respeitaria o acordo de paz com os israelenses.
Mas levando-se em consideração que o Conselho Militar Supremo continuará a ter a palavra final em questões de guerra e paz, analistas acreditam ser muito improvável que a Irmandade possa colocar em risco o tratado.
Também acredita-se que a prioridade imediata de Mursi seja focar nos crescentes problemas domésticos do Egito, incluindo os altos níveis de pobreza e desemprego.
BBC Brasil
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