Como
sempre faço aqui no blog, concedo com boa vontade espaço à publicação
da "Mensagem de Brasília", a carta que o governador do Distrito Federal,
Agnelo Queiroz dirige aos seus companheiros e correligionários, à
população que governa e ao Brasil, com respostas às acusações de que é
alvo no episódio Carlos Cachoeira.
No documento o governador rebate ponto a ponto às acusações, historia as condições de descalabro que herdou em Brasília quando assumiu o governo a 1º de janeiro de 2011 e denuncia "os tentáculos" da engrenagem que tenta envolvê-lo, à frente "empresários, políticos (...) e a simpatia aberta de alguns veículos de comunicação."
Para conhecimento de vocês, o documento assinado pelo governador Agnelo Queiroz:
Mensagem de Brasília
Aos companheiros e companheiras do PT
Brasília é a capital de todos os brasileiros. Ser a sede dos poderes e acolher de forma democrática e republicana a pluralidade da representação política nacional é uma das funções precípuas da nossa capital.
Assumi o Governo do Distrito Federal após grave crise política e institucional. O quadro administrativo que recebi evidenciava uma cidade abandonada. A limpeza pública não era executada de forma plena e satisfatória; os serviços de saúde foram sucateados; empresários do setor de transporte recebiam subsídios governamentais sem qualquer controle; a situação fiscal indicava um Estado inadimplente e endividado; dentre vários outros problemas.
Repor a ordem; executar de forma eficiente e eficaz os serviços públicos; restabelecer a adimplência fiscal do Estado e vencer as práticas criminosas presentes no interior da máquina pública local ocuparam grande parte da minha agenda de governo nesse primeiro período do meu mandato.
É triste ter de reconhecer, mas infelizmente Brasília foi capturada, por leniência e omissão de governantes do passado, por uma gigantesca engrenagem institucional voltada ao crime. Os tentáculos dessa engrenagem envolveram empresários; políticos e também contam com a simpatia aberta de alguns veículos de comunicação.
Os episódios que desencadearam a prisão do contraventor Carlos Cachoeira e a divulgação das interceptações telefônicas autorizadas pela justiça revelaram os interesses da organização no DF: lixo e a bilhetagem eletrônica nos serviços de transporte.
A organização de Carlos Cachoeira não conseguiu alcançar nenhuma das suas ambições em Brasília! A participação da empresa Delta Construtora na execução da coleta de lixo no DF foi determinada pela justiça ainda no governo anterior, no ano de 2010. Na minha gestão não houve o patrocínio de qualquer indicação de pessoa desse grupo para responder ou ocupar cargo público.
Ao contrário do que foi divulgado; por órgãos de imprensa articulados com o contraventor, a postura do meu governo foi o de determinar auditoria no contrato do governo anterior com a Delta; impor novos padrões de fiscalização da operação dos serviços de limpeza pública e reter o pagamento de despesas sem comprovação ou fundamento.
Os contraventores, nos diálogos flagrados pela polícia, reclamavam das atitudes da minha gestão e inconformados decidiram tramar pela queda do meu governo. Exceção os fatos revelados com a divulgação completa dos grampos da operação da Polícia Federal.
Na área de transporte as ações determinadas foram pela legalidade e a probidade administrativa. Pela primeira vez na história da capital estamos realizando uma licitação pública para atrair novos operadores para os serviços de ônibus. Com novos ônibus e novos operadores teremos então condição de estudar como será realizado o serviço de bilhetagem eletrônica. Ou seja, na área de transporte executamos uma política de Estado com transparência e de interesse público.
Inconformados, os contraventores liderados por Cachoeira passaram a exercer suas conexões na política e na mídia. Criaram um clima artificial de denúncias e de acusações contra a minha pessoa. A Polícia Federal flagrou as tentativas de desestabilizar o meu governo. O inteiro teor do inquérito da operação Monte Carlo revela que meu nome é um dos alvos das conversas mantidas entre o sargento Idalberto Matias, conhecido como Dadá, e o contraventor Carlos Cachoeira.
Em certo momento da conversa diz o vulgo Dadá: "primeiro tem que conversar com Cláudio e Fernando porque eles querem que bata". A referência aos nomes indica empresários que tiveram interesses frustrados pelo GDF.O contraventor Dadá avalia com Cachoeira a participação do então senador Demóstenes Torres (DEM) no processo de desconstrução da minha reputação pessoal.
Eles chegam à conclusão de que, em vez de usar dossiês de opositores, ou seja, do então senador democrata, deveriam aguardar uma suposta denúncia que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estaria prestes a apresentar. Diz um dos contraventores: "O cara (referência a minha pessoa) vai ser denunciado mesmo lá na frente, entendeu, e aí a gente tem argumento para dizer Ó... o cara (Demóstenes) tá fazendo o papel dele na oposição".
O grampo da Polícia Federal demonstra de forma patente e cristalina a extensão e a capacidade operacional dessa organização. A farsa das denúncias contra meu governo foi desmontada e nenhuma das acusações divulgadas por órgãos de comunicação encontrou fundamento ou veracidade nos fatos apurados.
Vários veículos de comunicação ignoram a ação dos contraventores contra meu governo e também contra a minha reputação pessoal. Omitem de forma propositada e aberta o esclarecimento das denúncias e as informações prestadas pelo GDF.
Companheiros e companheiras do PT!
Brasllia e o meu governo têm conseguido resistir e superar todas essas investidas do crime organizado. Executamos uma nova agenda. Nela transparência e ética pública; saúde e investimento social; e a recuperação da dignidade da capital federal são prioridades. Há muito trabalho a ser realizado para melhorar a vida da população do DF. O primeiro deles foi o de livrar a administração pública da cidade das ambições e da companhia do crime organizado derrotado nas eleições.
Por último, quero transmitir a você companheiro (a) uma mensagem de confiança. O governo do DF nada teme em relação as investigações patrocinadas pelos órgãos competentes e pela CPI instalada no Congresso Nacional. O PT pode se orgulhar do esforço executado pelas forças democráticas, republicanas e progressistas do DF.Com elas venceremos as amarras do passado e teremos um novo caminho a trilhar na capital do Brasil.
Agnelo Queiroz
Governador Distrito Federal
No documento o governador rebate ponto a ponto às acusações, historia as condições de descalabro que herdou em Brasília quando assumiu o governo a 1º de janeiro de 2011 e denuncia "os tentáculos" da engrenagem que tenta envolvê-lo, à frente "empresários, políticos (...) e a simpatia aberta de alguns veículos de comunicação."
Para conhecimento de vocês, o documento assinado pelo governador Agnelo Queiroz:
Mensagem de Brasília
Aos companheiros e companheiras do PT
Brasília é a capital de todos os brasileiros. Ser a sede dos poderes e acolher de forma democrática e republicana a pluralidade da representação política nacional é uma das funções precípuas da nossa capital.
Assumi o Governo do Distrito Federal após grave crise política e institucional. O quadro administrativo que recebi evidenciava uma cidade abandonada. A limpeza pública não era executada de forma plena e satisfatória; os serviços de saúde foram sucateados; empresários do setor de transporte recebiam subsídios governamentais sem qualquer controle; a situação fiscal indicava um Estado inadimplente e endividado; dentre vários outros problemas.
Repor a ordem; executar de forma eficiente e eficaz os serviços públicos; restabelecer a adimplência fiscal do Estado e vencer as práticas criminosas presentes no interior da máquina pública local ocuparam grande parte da minha agenda de governo nesse primeiro período do meu mandato.
É triste ter de reconhecer, mas infelizmente Brasília foi capturada, por leniência e omissão de governantes do passado, por uma gigantesca engrenagem institucional voltada ao crime. Os tentáculos dessa engrenagem envolveram empresários; políticos e também contam com a simpatia aberta de alguns veículos de comunicação.
Os episódios que desencadearam a prisão do contraventor Carlos Cachoeira e a divulgação das interceptações telefônicas autorizadas pela justiça revelaram os interesses da organização no DF: lixo e a bilhetagem eletrônica nos serviços de transporte.
A organização de Carlos Cachoeira não conseguiu alcançar nenhuma das suas ambições em Brasília! A participação da empresa Delta Construtora na execução da coleta de lixo no DF foi determinada pela justiça ainda no governo anterior, no ano de 2010. Na minha gestão não houve o patrocínio de qualquer indicação de pessoa desse grupo para responder ou ocupar cargo público.
Ao contrário do que foi divulgado; por órgãos de imprensa articulados com o contraventor, a postura do meu governo foi o de determinar auditoria no contrato do governo anterior com a Delta; impor novos padrões de fiscalização da operação dos serviços de limpeza pública e reter o pagamento de despesas sem comprovação ou fundamento.
Os contraventores, nos diálogos flagrados pela polícia, reclamavam das atitudes da minha gestão e inconformados decidiram tramar pela queda do meu governo. Exceção os fatos revelados com a divulgação completa dos grampos da operação da Polícia Federal.
Na área de transporte as ações determinadas foram pela legalidade e a probidade administrativa. Pela primeira vez na história da capital estamos realizando uma licitação pública para atrair novos operadores para os serviços de ônibus. Com novos ônibus e novos operadores teremos então condição de estudar como será realizado o serviço de bilhetagem eletrônica. Ou seja, na área de transporte executamos uma política de Estado com transparência e de interesse público.
Inconformados, os contraventores liderados por Cachoeira passaram a exercer suas conexões na política e na mídia. Criaram um clima artificial de denúncias e de acusações contra a minha pessoa. A Polícia Federal flagrou as tentativas de desestabilizar o meu governo. O inteiro teor do inquérito da operação Monte Carlo revela que meu nome é um dos alvos das conversas mantidas entre o sargento Idalberto Matias, conhecido como Dadá, e o contraventor Carlos Cachoeira.
Em certo momento da conversa diz o vulgo Dadá: "primeiro tem que conversar com Cláudio e Fernando porque eles querem que bata". A referência aos nomes indica empresários que tiveram interesses frustrados pelo GDF.O contraventor Dadá avalia com Cachoeira a participação do então senador Demóstenes Torres (DEM) no processo de desconstrução da minha reputação pessoal.
Eles chegam à conclusão de que, em vez de usar dossiês de opositores, ou seja, do então senador democrata, deveriam aguardar uma suposta denúncia que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estaria prestes a apresentar. Diz um dos contraventores: "O cara (referência a minha pessoa) vai ser denunciado mesmo lá na frente, entendeu, e aí a gente tem argumento para dizer Ó... o cara (Demóstenes) tá fazendo o papel dele na oposição".
O grampo da Polícia Federal demonstra de forma patente e cristalina a extensão e a capacidade operacional dessa organização. A farsa das denúncias contra meu governo foi desmontada e nenhuma das acusações divulgadas por órgãos de comunicação encontrou fundamento ou veracidade nos fatos apurados.
Vários veículos de comunicação ignoram a ação dos contraventores contra meu governo e também contra a minha reputação pessoal. Omitem de forma propositada e aberta o esclarecimento das denúncias e as informações prestadas pelo GDF.
Companheiros e companheiras do PT!
Brasllia e o meu governo têm conseguido resistir e superar todas essas investidas do crime organizado. Executamos uma nova agenda. Nela transparência e ética pública; saúde e investimento social; e a recuperação da dignidade da capital federal são prioridades. Há muito trabalho a ser realizado para melhorar a vida da população do DF. O primeiro deles foi o de livrar a administração pública da cidade das ambições e da companhia do crime organizado derrotado nas eleições.
Por último, quero transmitir a você companheiro (a) uma mensagem de confiança. O governo do DF nada teme em relação as investigações patrocinadas pelos órgãos competentes e pela CPI instalada no Congresso Nacional. O PT pode se orgulhar do esforço executado pelas forças democráticas, republicanas e progressistas do DF.Com elas venceremos as amarras do passado e teremos um novo caminho a trilhar na capital do Brasil.
Agnelo Queiroz
Governador Distrito Federal
Blog do Zé Dirceu
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