do Último Segundo
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), admitiu nesta
sexta-feira que o partido está sangrando com as denúncias que envolvem o
governador de Goiás, Marconi Perillo. Dias se referia à revelação de
que um assessor pessoal de Marconi pagou uma dívida da campanha de 2010
com recursos de uma empresa de fachada do esquema do contraventor Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o
jornalista Luiz Carlos Bordoni disse que a Alberto e Pantoja, empresa
fantasma que segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi
usada para pagar serviços de publicidade que ele prestou para a
campanha do governador de Goiás. O pagamento de dívida, de R$ 45 mil,
foi depositada na conta de sua filha, Bruna, numa negociação comandada
por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo.
“É evidente que (o PSDB) fica (sangrando). Isso sangra qualquer
agremiação partidária. Nós temos que agir suprapartidariamente,
especialmente quando se trata de questão ética. Portanto, não se avaliza
a impunidade. Que se ofereça o direito à defesa, que o governador se
explique para que nós possamos julgar”, afirmou Dias.
O senador tucano admite que a situação de Perillo “não é fácil”. Por
isso, defende que se antecipe o depoimento do governador de Goiás à CPI
do Cachoeira para a próxima terça-feira, dia 5. A comissão havia
agendado a vinda dele para o dia 12, uma semana depois. O líder disse
que, mesmo sendo do PSDB, “o comportamento tem que ser implacável em
relação a eventuais delitos praticados”.
Questionado se o PSDB mantém confiança em Perillo, Dias disse que
essa é uma decisão pessoal. “Há no partido os que mantêm confiança e os
que não mantêm. Da nossa parte, defendemos a prudência de ouvir o
governador, oferecer a ele espaço para as explicações, para que seja
duramente questionado e possa responder a todas as questões”, ponderou.
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário