Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e Sindicato dos Bancários de São Paulo divulgam nota oficial ressaltando preocupação com as negociações entre as duas instituições, ainda restritas aos bastidores do sistema financeiro. Em 12 anos, ativos dos seis maiores bancos do país saltaram de 59% para 81% do total . 'Oligopólio' tornaria mais difícil a queda dos juros.
Da Redação
São Paulo – Uma eventual compra do Santander
Brasil pelo Bradesco aumentará a concentração do setor financeiro, o
que dificulta a queda do juro e prejudica a sociedade em geral. Essa é a
opinião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região.
As duas entidades sindicais divulgaram nota oficial nesta segunda-feira (28) ressaltando preocupação com as negociações entre os dois bancos, ainda restritas aos bastidores do sistema financeiro. A venda das operações brasileiras pela matriz espanhola ajudaria o Santander a tomar fôlego para enfrentar a crise bancária européia.
“A prática de mercado nos mostra que quanto mais concentrado um setor maior sua capacidade de determinação de preços abusivos. O preço cobrado pelos bancos do consumidor é o juro, portanto qualquer processo que intensifique a concentração no setor certamente estaria na contramão das recentes medidas do governo brasileiro de redução das taxas de juros praticadas no país, condição fundamental para a continuidade do processo de desenvolvimento econômico”, diz a nota.
Segundo informações dos sindicatos, as fusões e aquisições de empresas financeiras vem se acentuando nas duas últimas décadas. Em 1999, os seis maiores bancos (BB, Caixa, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banespa) concentravam 59% dos ativos totais do Sistema Bancário Brasileiro do Banco Central. Em 2011, ou seja, doze anos depois, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, CEF, Santander e HSBC) passaram a concentrar 81% dessa base de cálculo.
A tendência seria a mesma com relação às operações de crédito. Enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2011 essa participação chegaria a 83%. “Tais números são suficientes para caracterizar o setor bancário brasileiro como um oligopólio”, aponta o texto.
“O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não pode permitir um processo de fusão/aquisição que gere tamanhos danos para a sociedade brasileira, principalmente no momento em que existe enorme necessidade de que o setor financeiro contribua definitivamente para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça sócia”, finaliza a nota.
As duas entidades sindicais divulgaram nota oficial nesta segunda-feira (28) ressaltando preocupação com as negociações entre os dois bancos, ainda restritas aos bastidores do sistema financeiro. A venda das operações brasileiras pela matriz espanhola ajudaria o Santander a tomar fôlego para enfrentar a crise bancária européia.
“A prática de mercado nos mostra que quanto mais concentrado um setor maior sua capacidade de determinação de preços abusivos. O preço cobrado pelos bancos do consumidor é o juro, portanto qualquer processo que intensifique a concentração no setor certamente estaria na contramão das recentes medidas do governo brasileiro de redução das taxas de juros praticadas no país, condição fundamental para a continuidade do processo de desenvolvimento econômico”, diz a nota.
Segundo informações dos sindicatos, as fusões e aquisições de empresas financeiras vem se acentuando nas duas últimas décadas. Em 1999, os seis maiores bancos (BB, Caixa, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banespa) concentravam 59% dos ativos totais do Sistema Bancário Brasileiro do Banco Central. Em 2011, ou seja, doze anos depois, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, CEF, Santander e HSBC) passaram a concentrar 81% dessa base de cálculo.
A tendência seria a mesma com relação às operações de crédito. Enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2011 essa participação chegaria a 83%. “Tais números são suficientes para caracterizar o setor bancário brasileiro como um oligopólio”, aponta o texto.
“O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não pode permitir um processo de fusão/aquisição que gere tamanhos danos para a sociedade brasileira, principalmente no momento em que existe enorme necessidade de que o setor financeiro contribua definitivamente para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça sócia”, finaliza a nota.
Carta Maior
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