sexta-feira, 21 de junho de 2013

Grupos tentam usar manifestações para desestabilizar democracia



As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia.

A maior parte dos manifestantes continua com as reivindicações por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo, entre outras demandas. Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias.

Com amplo apoio da mídia - que num primeiro momento taxou as manifestações de baderna e exigiu repressão -, esses setores procuram mobilizar abertamente sua base social de oposição para ir às ruas. Para tanto, inclusive explorando as palavras de ordem contra a corrupção, a PEC 37,  contra os partidos, dando continuidade a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura.

Tentam cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumo


Com cuidado e insistência, a Rede Globo – que é quem mais ganha com a Copa das Confederações – separa a violência que ontem se estendeu por todo país (como reconhece hoje a manchete da Folha), das manifestações. Mas faz isso sem condenar essa violência, como fazia no início. Apenas destacando que ela parte de minorias.

Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção. Muitos destes, também, são  realizados por grupos organizados e não por saqueadores em busca de bens de consumo.

Há sinais claros, ainda, de que a Polícia Militar reprimiu grupos manifestantes pacíficos com fins políticos. Em São Paulo, assusta a passividade adotada pela PM. Ela não pode agir com repressão, mas não pode se abster de cumprir seu papel responsável de força policial.

Vamos nos unir mudando e aprofundando as reformas que fizemos
Sendo assim, é hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições.

Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde.


Leiam, também, o post abaixo A política passa a comandar os fatos e os atos do governo




Blog do Zé Dirceu

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