Da Agência Brasil*
Brasília - O ex-presidente da Argentina e atual senador, Carlos Saúl
Menem, 82 anos, foi condenado a sete anos de prisão pela Justiça por
venda ilegal de armas à Croácia e ao Equador durante seus mandatos.
O ex-mandatário foi considerado coautor do crime de contrabando e
condenado a sete anos de prisão, junto com o então ministro da Defesa
Oscar Camillón, que recebeu pena de cinco anos e meio de prisão.
Menem e os demais acusados haviam sido inocentados por uma decisão
judicial anterior, mas a Câmara Federal de Cassação revogou a decisão e
os condenou, informou a agência de notícias argentina Telam.
De acordo com a agência de notícias de Portugal, Lusa, o presidente
do tribunal ordenou o“cumprimento efetivo” da pena e cobrou que a
imunidade parlamentar de Menem seja retirada. Como senador, Menem tem
imunidade parlamentar até o final do mandato, em 2017.
Menem não participou da audiência por motivos de saúde. O ex-ministro da Defesa também esteve ausente.
Em 8 de março, Menem e Camillón foram considerados culpados por
tráfico de armas e de munições com destino ao Equador e Croácia.
Maximiliano Rusconi, advogado de Menem, anunciou na ocasião que iria
recorrer da sentença.
O ex-chefe de Estado foi indiciado por ter ordenado o envio
clandestino de armas avaliadas em pelo menos 400 milhões de pesos (76
milhões de euros), entre 1991 e 1995, aos dois países que estavam em
guerra. Em 2001, Menem foi condenado a regime de prisão domiciliar por
cinco meses, antes da sanção ser anulada pelo Supremo Tribunal. Em
setembro de 2011, foi absolvido. Na ocasião, o procurador tinha
solicitado uma pena de oito anos de prisão.
* Com informações da Telam e da Lusa
Agência Brasil
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