Líder do PT na Câmara,
deputado federal defende o plebiscito sugerido pela presidente que
discute a composição de uma Constituinte para a reforma política;
segundo ele, trata-se de um assunto travado no Congresso e esta seria
uma "saída para esse impasse permanente"; José Guimarães lembrou que o
PT já tentou várias vezes colocar a matéria em pauta, "mas o Congresso
não vota. E se o Congresso não vota, vamos repassar para o povo"
Gisele Federicce _247 – Ao propor cinco pactos
em diferentes áreas para atender as reivindicações das manifestações
populares, a presidente Dilma Rousseff "marcou um gol de placa", avalia o
líder do PT na Câmara, deputado federal José Guimarães (CE). Segundo
ele, as propostas voltadas para as áreas da mobilidade urbana, educação,
saúde, responsabilidade fiscal e reforma política são "medidas
essenciais para o Brasil, que dialogam com o País, com a democracia, com
a voz das ruas".
Na opinião do líder petista, "a presidente inovou" ao sugerir duas
propostas de combate à corrupção. A primeira endurece a legislação ao
transformar a corrupção dolosa em crime hediondo. "Temos um Projeto de
Lei tramitando no Senado desde 2009, vamos votar", diz Guimarães. E a
segunda, sobre a realização de um plebiscito para consultar a opinião
pública sobre a necessidade da reforma política, segundo o deputado, "é
uma medida que comprova o fundo teor popular e que destrava a discussão
no Congresso".
Em nota
que critica as propostas anunciadas por Dilma, divulgada nesta
segunda-feira, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, do DEM,
senador Agripino Maia, e do PPS, deputado Roberto Freire, consideram
desnecessária a ideia de Constituinte exclusiva, uma vez que o governo
tem maioria no Congresso e pode colocar a proposta de reforma em votação
a qualquer momento. "Sempre apoiamos a reforma política. Lamentamos que
nesses dez anos o governo, com a ampla base que tem no Congresso
Nacional, praticamente 80% dos membros da Câmara e do Senado, não a
tenha aprovado", diz trecho da nota dos líderes da oposição.
Questionado sobre o porquê da escolha da Constituinte para discutir a
reforma, no lugar da votação no Congresso, Guimarães respondeu: "porque
o Congresso não faz". Segundo ele, o plebiscito seria "uma saída para
esse impasse permanente aqui dentro do Congresso". "O PT já tentou
várias vezes, é um dos partidos que mais defende a reforma, voto em
lista, financiamento público de campanha, mas o Congresso não vota, e se
o Congresso não vota, vamos repassar isso para o povo", concluiu o
parlamentar.
Brasil 247
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