domingo, 16 de junho de 2013

Pelo 3º dia consecutivo a presidenta Dilma adverte contra o "terrorismo informativo"

Antes foi em Brasília e em Curitiba. Agora foi na Rocinha, no Rio. Em discurso no Complexo Esportivo da comunidade, para o anúncio de obras em três favelas do Rio, a presidenta Dilma Rousseff reiterou que há muito estardalhaço e "terrorismo informativo" sobre a situação econômica do país.

No mesmo evento, atacou a oposição ao dizer que "não se fazia obra para as comunidades mais pobres" no Brasil até 2003, início do governo Lula. Foi o 3º dia consecutivo que a presidenta repisou praticamente essa mesma declaração contra os críticos da política econômica. Na quinta-feira, em Curitiba, tratou-os como "vendedores do caos". Um dia antes, em Brasília, havia comparado a oposição ao Velho do Restelo, personagem pessimista de Luís de Camões em Os Lusíadas.

A presidenta centrou seu discurso principalmente contra o terrorismo do noticiário sobre a retomada inflacionária. "Nós jamais deixaremos que a inflação volte. Hoje ela está sob controle, ontem ela estava e continuará sob controle", discursou. E fez um pedido: "Peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam sempre no quanto pior, melhor. Críticas, todo mundo tem de ter a humildade de aceitar. Terrorismo, não".

Até 2002 o país só investia para as classes ricas


A chefe do governo lembrou que, em meio a esta crise econômica que "talvez seja a mais grave desde 1929", o Brasil apresenta hoje "a menor taxa de desemprego do mundo. Vocês têm visto na imprensa muita gente falando que o Brasil passa por um momento de dificuldades. Interessa a eles criar essa ideia. Não só o Brasil não está numa situação difícil como é um país extremamente sólido. Temos uma das menores relações entre dívida líquida e PIB. Não gastamos mais do que possuímos. Somos sérios em relação à política fiscal."

Ela criticou a oposição destacando que o Brasil foi governado "de costas para as comunidades, não só do Rio, mas de todo o País, até 2003", início do 1º governo Lula. "Eu sei que o Brasil a quem eu devo minha eleição mora aqui. Até então, o País tinha um mercado pequenininho, só para as classes mais ricas", disse. "Nós temos um lado, que é claro: o lado do povo. Fazemos obras para todo o Brasil, mas temos de olhar para os segmentos mais pobres, que nunca tiveram acesso a nada."

Por isso, observou, em seus 2,5 anos de governo, ela já investiu R$ 5,9 bi em favelas. A presidenta chamou de "conto do vigário" a especulação sobre redução de gastos sociais. "Podem esperar sentados. Não iremos diminuir investimentos que beneficiem o povo, porque essa é a nossa prioridade."

A Rocinha vai receber a maior parte - R$ 1,6 bi - dos R$ 2,6 bi anunciados nesta 6ª feira, investimento dentro do PAC 2 para obras de saneamento, habitação, reordenamento urbano e construção de creche e um teleférico com seis estações na Rocinha, além de investimentos nas comunidades de Lins de Vasconcelos e do Jacarezinho, na zona norte. O prazo é de 3 anos.

E La Nave Va...


A oposição arma seu jogo, faz da inflação seu cavalo de batalha e campanha do momento contra o governo, mas quem vê e lê as notícias econômicas, quando elas retratam a realidade não tem motivos e razões para o pessimismo em voga. Elas falam, por exemplo, da previsão da construção de 198 novos hotéis até 2014, com 46, 3  mil novos apartamentos, com o consequente crescimento da receita do turismo e do emprego.

Em julho entra em operação um novo terminal de containers no porto de Santos, o EMBRAPORT, um investimentos de RS 2,3 bi, capacidade para movimentar 1,2 milhão de contêineres de 20 pés a cada ano. A Mercedes Benz fala em uma nova fabrica no Brasil. O governo lança o edital das concessões rodoviárias.

Com a safra recorde atual - em 2009 foi de 134 milhões de toneladas, esse ano  de 186 - aumenta a demanda de financiamento via BNDES, que saiu de R$ 2,8 bi em 2009 para R$ 6,7 bi em 2012 e pode chegar a R$ 15 bi esse ano. No 1º quadrimestre já chegou a R$ 4,4 bi. E por aí vai o Brasil que a oposição não vê... 



Blog do Zé Dirceu

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