Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um dia depois de atingir o maior nível em quatro anos, o
dólar comercial fechou hoje (13) com queda de quase 1%. A moeda
norte-americana fechou o dia cotado a R$ 2,1334 para venda, 0,96% abaixo
do fechamento de ontem (12).
A queda ocorreu um dia depois de o governo retirar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre
as posições vendidas de dólar no mercado futuro. A medida aumenta a
oferta de dólares no mercado e reduz as pressões para a alta da moeda
norte-americana.
Ontem, o dólar comercial tinha fechado em R$ 2,1541 para venda, no
maior nível desde 30 de abril de 2009. A alta da cotação do dólar nas
últimas semanas ocorreu devido à indicação de que o Federal Reserve, o
Banco Central norte-americano, reduzirá os estímulos monetários que têm
impulsionado a economia dos Estados Unidos nos últimos anos. Com a
diminuição do volume de dólares em circulação, a moeda fica mais cara, o
que afeta as cotações em todo o mundo.
A mudança no cenário internacional fez o governo reagir. Primeiramente, o Banco Central (BC) retomou as operações de swap
cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado
futuro. Nos últimos nove dias, o governo retirou barreiras para a
entrada de capitais estrangeiros no país na tentativa de segurar o
câmbio.
No último dia 4, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a
isenção de IOF cobrado sobre as aplicações de estrangeiros em renda fixa
no Brasil. Na ocasião, o governo também zerou o imposto cobrado sobre o
depósito de margem de derivativos, quantia que os investidores
depositam ao iniciar operações no mercado futuro. Ontem, a última
barreira foi eliminada, com a redução a zero do IOF sobre as posições
vendidas líquidas no mercado futuro.
As operações no mercado futuro são feitas em reais, mas interferem
na demanda e na oferta de dólares. Isso porque os investidores na ponta
vendedora são obrigados a repassar a quantia em reais correspondente à
cotação da moeda norte-americana definida na assinatura de cada
contrato.
Agência Brasil
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