Em Portugal, ministro da Educação ressaltou que a presidente Dilma, que
perdeu oito pontos de popularidade, ainda está em um patamar de
prestígio melhor do que estavam outros presidentes no mesmo período do
mandato; para o ministro, os problemas verificados na pesquisa já
começam a ser solucionados, com o aumento do crescimento industrial, a
convergência da taxa de inflação para a meta e o aumento da oferta de
emprego
Gilberto Costa*
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Lisboa – O ministro
da Educação, Aloizio Mercadante, classificou hoje (9) de “oscilação
normal” a queda da aprovação de Dilma Rousseff em recente pesquisa
divulgada pelo Instituto Datafolha. Segundo o ministro, o número reflete
o aumento da inflação de alimentos, o incidente no pagamento do Bolsa
Família e a seca no Nordeste.
Para 57% da população, o governo da
presidenta Dilma Rousseff é bom ou ótimo, diz pesquisa divulgada ontem
(8) pelo Datafolha. São 8 pontos a menos que no levantamento anterior,
feito em março. Entretanto, a queda na aprovação não foi acompanhada de
um aumento equivalente na reprovação. O índice de julgamento ruim ou
péssimo oscilou 2 pontos para cima, de 7% para 9%. A nota média foi
registrada em 7,1%, três pontos percentuais a menos que o alcançado por
Dilma na pesquisa de março.
Mercadante ressaltou que Dilma está
em um patamar de prestígio melhor do que estavam outros presidentes no
mesmo período do mandato. Para o ministro, os problemas verificados na
pesquisa já começam a ser solucionados, têm melhor andamento. Ele citou o
aumento do crescimento industrial, a convergência da taxa de inflação
para a meta e o aumento da oferta de emprego e do superávit na balança
comercial.
O ministro afirmou que o Brasil terá
“um excelente segundo semestre”, graças ao pacote de investimentos do
governo federal com o leilão de extração da camada pré-sal do Campo de
Libra, a abertura de portos no Nordeste (após aprovação da Medida
Provisória dos Portos) e também as novas concessões para exploração da
iniciativa privada de estradas, ferrovias e aeroportos. Segundo ele,
apenas no Campo de Libra, serão nove plataformas, cada uma injetando R$
1,3 bilhão na economia.
Mercadante também minimizou a
recente avaliação da agência de classificação de risco
Standard&Poor's, que diminuiu, de neutra para negativa a perspectiva
de nota para a economia brasileira. O ministro declarou que as contas
públicas no Brasil estão sob controle. Para efeito comparativo, citou a
dívida do Brasil, que equivale a 35% do Produto Interno Bruto (PIB). Em
países como Portugal, Estados Unidos e Japão, essa dívida chega a 125%
do PIB. “O Brasil desendividou o Estado”, disse Mercadante.
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