7 de Aug de 2013
O site Opera Mundi publica
hoje uma matéria que tem tudo para ser um escândalo internacional,
porque certamente vai repercurtir em outros países, como o nosso, que
estudam a exploração do gás de xisto (shale gas) como combustível.
As duas crianças da foto estão proibidas, pelo resto de suas vidas,
de falarem a respeito de exploração de xisto. Os pais fizeram um acordo judicial com a empresa Range Resources e com a Marcellus Shale, uma das líderes do setor de produção de xisto nos Estados Unidos.
No acordo o advogado da Range Resources “perguntou formalmente aos
pais se eles estavam conscientes de que o acordo anularia também os
direitos dos filhos de recorrerem à primeira emenda da Constituição
norte-americana especificamente para esse caso”. A primeira emenda trata
da liberdade de expressão, que seria inalienável.
Mas foi. Os pais disseram sim.
E receberam US$ 750 mil para não falar dos problemas respiratórios,
dores de cabeça e garganta, ardência nos olhos que tiveram pela
proximidade de sua fazenda, na Pensilvânia, de quatro poços de gás,
estações de compressão e de um lago de dejetos industriais.
A liberdade de expressão de dois meninos foi vendida.
O direito do povo americano saber dos efeitos sobre as pessoas da
exploração de gás de xisto, igualmente, foi entregue a duas empresas.
O país da liberdade é capaz de vendê-la, desde que se pague um bom preço.
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