O
presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, vai ao foco central da questão
ao reconhecer que o MERCOSUL - o bloco comercial do Sul constituído por
seu país, Argentina, Brasil, Paraguai (suspenso) e Venezuela - vive uma
"crise institucional" e ao reivindicar "mudanças". O bloco precisa ser
repensado e reformado.
Mujica quer que estas alterações ocorram já. Mesmo em meio a este processo de divergências políticas e comerciais um tanto quanto turbulento. O bloco vive, agora, a suspensão do Paraguai, a entrada da Venezuela e o convite a novos membros para o engrossarem, a começar pelo Equador, cujo ingresso será discutido pelos sócios atuais já no mês que vem.
"É preciso fazer um balanço da realidade. Aquele MERCOSUL dos anos 90, nascido em pleno neoliberalismo, mudou. Hoje temos uma crise institucional e é preciso mudanças e flexibilidade", afirmou Mujica em uma entrevista publicada nesta 4ª feira (ontem) pelo jornal "La República", de Montevidéu.
O líder uruguaio reafirmou a necessidade "muito importante" do Uruguai e demais membros do MERCOSUL fecharem acordos comerciais "com muitos países" e lembrou que está aí, para se buscar como parceiro o Pacto Andino.
A Comunidade Andina (antigo Pacto Andino) é formada pela Bolívia, Colômbia, Equador e Peru e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento integral e conjunto da região. Mesmos objetivos do MERCOSUL, a integração continental da América do Sul.
Nesta entrevista, Mujica lembra que "não se deve pôr todos os ovos em uma só omelete", um pedido de cautela a seus patrícios. É uma referência às dificuldades que atualmente têm os industriais e exportadores uruguaios para ingressar no mercado da Argentina por causa das medidas protecionistas aprovadas pela administração da presidente Cristina Kirchner. Dificuldades com as quais, de resto, se defrontam, também, os exportadores brasileiros.
Assino integralmente as preocupações do presidente vizinho. O MERCOSUL precisa ser repensado e reformado. A aproximação com a comunidade andina é fundamental neste processo e é preciso urgentemente colocar a mão na massa e redimensionar, ampliar e dinamizar o bloco.
Não há como discordar dessa figura extraordinária do Mujica, um ex-tupamaro (movimento de resistência ao regime militar uruguaio) que atravessou a ditadura de seu país preso, confinado em um buraco durante anos.
Eleito presidente ele continua a morar numa chácara e não no palácio, dirige um fusca dos anos 70 em seus deslocamentos, e doa 90% de seu salário de presidente a instituições de caridade. Ainda por cima, ficou chateado e bravo quando a imprensa descobriu e noticiou tudo.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/ABr)
Blog do Zé Dirceu
Mujica quer que estas alterações ocorram já. Mesmo em meio a este processo de divergências políticas e comerciais um tanto quanto turbulento. O bloco vive, agora, a suspensão do Paraguai, a entrada da Venezuela e o convite a novos membros para o engrossarem, a começar pelo Equador, cujo ingresso será discutido pelos sócios atuais já no mês que vem.
"É preciso fazer um balanço da realidade. Aquele MERCOSUL dos anos 90, nascido em pleno neoliberalismo, mudou. Hoje temos uma crise institucional e é preciso mudanças e flexibilidade", afirmou Mujica em uma entrevista publicada nesta 4ª feira (ontem) pelo jornal "La República", de Montevidéu.
As dificuldades com a Argentina
O líder uruguaio reafirmou a necessidade "muito importante" do Uruguai e demais membros do MERCOSUL fecharem acordos comerciais "com muitos países" e lembrou que está aí, para se buscar como parceiro o Pacto Andino.
A Comunidade Andina (antigo Pacto Andino) é formada pela Bolívia, Colômbia, Equador e Peru e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento integral e conjunto da região. Mesmos objetivos do MERCOSUL, a integração continental da América do Sul.
Nesta entrevista, Mujica lembra que "não se deve pôr todos os ovos em uma só omelete", um pedido de cautela a seus patrícios. É uma referência às dificuldades que atualmente têm os industriais e exportadores uruguaios para ingressar no mercado da Argentina por causa das medidas protecionistas aprovadas pela administração da presidente Cristina Kirchner. Dificuldades com as quais, de resto, se defrontam, também, os exportadores brasileiros.
Como vive este ex-tupamaro
Assino integralmente as preocupações do presidente vizinho. O MERCOSUL precisa ser repensado e reformado. A aproximação com a comunidade andina é fundamental neste processo e é preciso urgentemente colocar a mão na massa e redimensionar, ampliar e dinamizar o bloco.
Não há como discordar dessa figura extraordinária do Mujica, um ex-tupamaro (movimento de resistência ao regime militar uruguaio) que atravessou a ditadura de seu país preso, confinado em um buraco durante anos.
Eleito presidente ele continua a morar numa chácara e não no palácio, dirige um fusca dos anos 70 em seus deslocamentos, e doa 90% de seu salário de presidente a instituições de caridade. Ainda por cima, ficou chateado e bravo quando a imprensa descobriu e noticiou tudo.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/ABr)
Blog do Zé Dirceu
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