Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Na esteira da retomada da indústria naval
brasileira, e esquecido nas últimas décadas, o transporte de cabotagem
no Brasil “caminha para um futuro promissor” e vive a expectativa de um
aumento médio de 36% em volume de carga transportada nos próximos dois
anos.
Os números detalhando as expectativas do setor serão apresentados
durante o 18º Fórum Internacional de Logística & Expo.Logística
2012, entre os dias 20 e 22 deste mês, na capital fluminense.
Pesquisa recente do Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply
Chain – cadeia de suprimentos) indica que seis entre as dez das maiores
empresas do Brasil em faturamento pretendem aumentar o volume de carga
movimentada pelo modal nos próximos dois anos.
“A expectativa é que o aumento médio transportado pelo modal seja de
36% nos próximos dois anos. O que aproxima o Brasil dos padrões mundiais
desta modalidade de transporte, mais segura e eficiente e que,
paralelamente, é muito menos poluente que outras modalidades de
transporte de carga”, disse à Agência Brasil João Guilherme Araújo, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Instituto Ilos.
Araújo destaca, dentre os setores mais interessados em ampliar a sua
participação na cabotagem, os de higiene e limpeza, de cosméticos e
farmacêutico, automotivo e de autopeças, químico e petroquímico e de
alimentos e bebidas. “O nosso país tem 7.500 quilômetros de costa, 80%
de sua economia estão a apenas 200 quilômetros dela. É portanto um
tremendo e natural candidato a usar o transporte de cabotagem, que no
entanto, é uma modal ainda subutilizado quando comparado com números
internacionais”.
No Brasil, segundo ele, a cabotagem responde por apenas 9% do
transporte de carga, contra 37% da União Europeia e 48% da China, o país
que mais usa este tipo de transporte em todo o mundo.
O estudo feito com exclusividade pelo Instituto Ilos para o 18º Fórum
Internacional de Logística aponta a rota Manaus-Santos-Manaus como a de
maior potencial de crescimento. O Porto de Santos (SP) é visto pelas
empresas entrevistadas como o principal ponto de saída de carga por
cabotagem, seguido por Paranaguá (PR) e Manaus (AM). Em contrapartida,
Manaus e Suape (PE) são os portos com maior potencial de receber carga
por cabotagem, seguidos por Santos.
Blog do Luis Nassif
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