sábado, 4 de agosto de 2012

Primeiro prejuízo em 10 anos: o que a Petrobras tem de fazer agora?


Uma notícia como essa, de que a Petrobras, em decorrência da depreciação cambial vivida pelo Brasil há algum tempo, sofreu seu primeiro prejuízo nos últimos 10 anos, tem o efeito de um colírio para a nossa mídia conservadora que desde que a empresa foi fundada há 60 anos é contra e a persegue primeiro e fundamentalmente pelo fato dela ser estatal.
Em que pesem as mais diversas interpretações e análises nas quais a imprensa vai delirar porque a estatal finalmente sofreu um prejuízo, a explicação para isto está toda na notícia que sai hoje a respeito nos jornalões e demais veículos de comunicação. O câmbio depreciado e o aumento das importações de combustíveis explicam o prejuízo sofrido pela empresa. 
O impacto da depreciação sobre o endividamento e os custos levou o lucro líquido da Petrobras a  cair 64% no 1º semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Na primeira metade deste 2012, a estatal registrou lucro líquido de R$ 7,868 bi, mas no 2º trimestre o balanço aponta um prejuízo de R$ 1,346 bi em relação aos primeiros três meses deste ano.
O que a estatal tem de fazer agora?
Na nota oficial divulgada a estatal explica que o resultado foi fortemente influenciado pela depreciação do real em relação ao dólar – que tanto no fechamento do semestre como na cotação média do período chegou a cair 11%.

De acordo com o documento, o efeito cambial sobre o endividamento levou à redução do resultado financeiro em R$ 9,391 bi em relação ao primeiro semestre de 2011, devido à perda de R$ 7,39 bi neste semestre, frente ao ganho de R$ 2,352 bi do mesmo período do ano anterior.

O outro fator que influenciou esse resultado foi, ainda de acordo com o comunicado da estatal ao mercado , foi o aumento das despesas extraordinárias com baixas de poços secos ou subcomerciais, especialmente em áreas de novas fronteiras, perfurados entre 2009 e 2012.

Demanda cresceu e obrigou a importar mais


Para piorar ainda mais a situação da empresa, a demanda interna cresceu 4%, o que levou a estatal a importar mais derivados, principalmente gasolina e óleo diesel, para atender ao mercado a um custo mais elevado que o de revenda.

O que fazer agora, o que quer dizer tudo isto, que medidas a Petrobras deve adotar? Significa, simplesmente que sua produção tem que crescer rápido e os preços internos acompanharem de alguma forma os internacionais.

Blog do Zé Dirceu

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