domingo, 17 de fevereiro de 2013

Em quatro anos, setor de bebidas envia US$ 8,2 bilhões ao exterior

Sempre entre as áreas da economia brasileira que mais enviam remessas de dinheiro ao exterior, a indústria de bebidas ultrapassou o setor automobilístico no topo destas operações em 2012. No último ano, foram 2,49 bilhões de dólares remetidos a matrizes. Esse valor, entretanto, ultrapassa 8,2 bilhões de dólares no período entre 2008 e 2012, segundo dados do Banco Central. O total é um pouco inferior ao orçamento anual de Belo Horizonte, uma cidade com 2,5 milhões de habitantes.
Foto:JavierPsilocybin/Flickr
Foto:JavierPsilocybin/Flickr

Assim como a indústria de automóveis, que liderou o ranking por oito anos, as grandes empresas de bebida do Brasil pertencem (total ou parcialmente) a grupos internacionais. Entre as principais estão a Ambev, PepsiCo, Coca-Cola, Schincariol e Femsa. O que favorece o envio de remessas.
Segundo dados do Ibope Inteligência, o comércio de bebidas movimentou cerca de 17,7 bilhões de reais em 2012 com a venda de água, refrigerantes, suco, refresco, cerveja, vinho, champanhe e destilados. E esses valores devem aumentar devido aos eventos esportivos a serem sediados no Brasil, como a Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas.


Quem são as maiores empresas do setor? 
A maior empresa de bebidas do País é a Ambev, integrante do grupo brasileiro-belga Inbev que atua em mais de 25 países e detém diversas marcas importantes.
A companhia, que atua no País com cervejas, refrigerantes, águas gasosas, tônicas, isotônicos e sucos industrializados, teve um lucro líquido de 2,5 bilhões de reais apenas no terceiro trimestre de 2012, período no qual registrou receita de 8,04 bilhões. Em 2011, fechou o ano com lucro líquido de 8,641 bilhões de reais. É mais que o orçamento de Curitiba para 2013.
O grupo Coca-Cola também figura entre os maiores do setor no Brasil, o seu quarto mercado mais importante no mundo. A multinacional norte-americana trabalha em sete segmentos não-alcoólicos (águas, chás, refrigerantes, sucos, energéticos, bebidas à base de carboidrato e sais minerais e lácteos), com mais de 100 produtos em sua linha. No País, tem 46 unidades industriais que geram 60 mil colaboradores diretos e mais de 600 mil empregos indiretos.
No quarto trimestre de 2012, a empresa vendeu 11,3 bilhões de litros de seus produtos no Brasil, o melhor desempenho na América Latina. E lucrou 1,27 bilhão de dólares no continente.
Foto: Abolotnov/Flickr
Foto: Abolotnov/Flickr

A Pepsico, segunda maior fabricante de refrigerantes do mundo e responsável pela Pepsi, atua no Brasil com achocolatados, águas gasosas com sabor e alimentos. A empresa norte-americana lucrou 6,4 bilhões de dólares no mundo, em 2011.
A antiga Schincariol é outra entre as maiores do setor. Comprada por 4 bilhões de reais em 2011 por um grupo japonês, passou a se chamar Brasil Kirin. O Brasil é o um dos cinco maiores mercados da empresa do mundo, que aqui domina 16,6% do mercado de cerveja e 6,83% do de refrigerantes.
Nos primeiros nove meses de 2012, a Kirin teve queda nos lucros e faturou “apenas” 316 milhões de dólares no mundo.
A Femsa, dona da Kaiser e distribuidora da Coca-Cola, também está na lista. A empresa mexicana gera mais de 2,1 mil empregos diretos e indiretos no Brasil, além de estar em outros oito países da América Latina (México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela e Argentina).
Atua no ramo de refrigerantes, sucos, café, água engarrafada e bebidas energizantes. Somente em suas operações com a Coca-Cola, lucrou 553,2 milhões de reais no terceiro trimestre de 2012.


Carta Capital

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