Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini,
disse hoje (19) que não existe risco de descontrole da inflação no
Brasil. Tombini acrescentou que a estratégia do BC permanece válida,
mas, ser for necessário, a taxa básica de juros, a Selic, pode ser
ajustada.
“Gostaria de deixar bem claro que não existe hoje no país risco de
descontrole da inflação, não obstante o fato de o Brasil ter conseguido
alcançar um novo patamar para as taxas de juros em geral, e, em
particular, para a taxa de política monetária [a Selic].”
Em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano.
Em comunicado, o BC reforçou que era preciso manter as condições
monetárias (Selic no atual patamar) estáveis “por período
suficientemente longo”.
Mas, com a divulgação da inflação em janeiro, há analistas que acreditam no aumento da taxa Selic
pelo Banco Central para controlar a alta dos preços. No mês passado, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86%, a
maior variação mensal desde abril de 2005, quando a alta chegou a 0,87%.
Dezembro também registrou inflação expressiva, 0,79%. Com o resultado
de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra
inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado.
Tombini destacou que os os ciclos monetários não foram abolidos. “A
taxa Selic oscilará em patamares mais baixos do que no passado”, disse
Tombini, ao lançar hoje o projeto Otimiza BC. A objetivo é criar um
canal de diálogo para discutir a redução de custos de observância,
despesas das instituições financeiras com envio de informações ao órgão
fiscalizador. O Banco Central também divulga hoje as primeiras medidas
de redução desses custos.
Agência Brasil
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