Relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) projeta
os avanços econômicos até 2050 e indica fortalecimento das economias
emergentes e fortes mudanças na geografia econômica global.
A crise
financeira global acelerou o processo de mudança do centro de gravidade
econômica mundial, definindo que a China, os Estados Unidos e a Índia
possuem potencial para serem as três maiores economias do planeta até
2050. E o Brasil apresenta fortes indícios de que poderá ultrapassar o
Japão e ocupar a quarta posição nesse ranking, no mesmo período.
Essa e outras previsões fazem parte do estudo World in 2050 - The BRICs
and Beyond: Prospects, challenges and opportunities, elaborado pela PwC,
que projeta os avanços econômicos e desafios dos países emergentes e as
principais economias nos próximos 40 anos.
Segundo o estudo, a China poderá ultrapassar os EUA como a maior
economia em 2017 (com base na paridade de poder de compra - PPC) ou em
2027 (com base nas taxas de câmbio de mercado). Prevê que a Índia se
tornará um gigante econômico global, sendo a terceira economia do
planeta em 2050. China, Índia, Brasil e outros países emergentes
destacados no estudo ganharão importância por oferecer menores custos de
produção e também pelo tamanho de seus crescentes mercados de consumo.
“Num período em que a tendência de crescimento global nas economias
desenvolvidas é estimada em não mais que 2%, as empresas terão que olhar
cada vez mais para estas regiões se quiserem crescer”, afirma John
Hawksworth, economista-chefe da PwC no Reino Unido e coautor do
relatório.
A análise da PwC prevê a Rússia poderá superar a Alemanha bem antes de
2030, tornando-se a maior economia europeia; entretanto, nos rankings
globais poderá ser ultrapassada pelo Brasil antes de 2050. Países como a
Nigéria e o Vietnã são projetados para passar para o top 20 em 2050, em
13º lugar e 19º respectivamente. A Malásia, apesar do forte potencial
de crescimento, permanecerá do lado de fora do top 20, principalmente
devido à sua população relativamente pequena.
Os EUA manterão o primeiro lugar com o maior PIB per capita em 2050 com
os grandes emergentes como China, Brasil, Indonésia e Índia ainda na
parte inferior da tabela. No entanto, a diferença que separa estes dois
grupos diminuirá significativamente. De acordo com a projeção, em 2050, o
Reino Unido terá o quarto maior PIB per capita entre os países do G7,
atrás dos EUA e, por uma diferença muito pequena, do Canadá e da França.
Em termos de crescimento do PIB, a crise econômica cobra seu preço. “No
curto prazo, a crise financeira global teve mais impacto nos países dos
G7 do que nos do E7 e isso provocou a revisão para baixo das estimativas
de crescimento em longo prazo, especialmente das economias europeias e
dos Estados Unidos que apostaram demais no financiamento público e
privado para promover o crescimento”, analisa Hawksworth.
Assim como a China e da Índia, a projeção indica notável avanço do
México e da Indonésia, que em 2050 devem estar entre as 10 maiores
economias, ocupando os 7º e 8º lugares respectivamente. Fora do G20,
Vietnã, Malásia e Nigéria têm grande potencial de crescimento em longo
prazo e a Polônia deverá deixar para trás com facilidade as grandes
economias da Europa Ocidental nas próximas duas décadas.
Com informações do Estado de Minas
Vermelho
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