Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Entre a sexta-feira que antecedeu o carnaval (8) e a
Quarta-Feira de Cinzas (13) a Polícia Rodoviária Federal registrou 157
mortes nas estadas federais. O ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, disse hoje (14) que este é o menor índice em dez anos. Foi uma
redução de 18% no número de mortes em relação a 2012.
Falta de atenção, ultrapassagem indevida e excesso de velocidade
figuraram entre os principais fatores de acidentes com mortes. Maria
Alice Nascimento Souza, diretora-geral do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal (DPRF), disse que o trabalho deste ano foi focado em
diagnosticar os pontos críticos das rodovias e acentuar a fiscalização
nesses locais.
No carnaval de 2013, a PRF teve um efetivo 20% maior que o mesmo
período de 2012. Houve também um diálogo maior entre a PRF e os estados
para atuação em conjunto.
Este carnaval foi marcado pela vigência da nova Lei Seca mais
rigorosa, com “tolerância zero” ao uso de álcool. Nos seis dias de
operação, 1.932 condutores foram autuados e tiveram suas carteiras de
habilitação recolhidas por terem consumido álcool antes de dirigir.
Desses, 607 foram presos em flagrante por crime de trânsito. Minas
Gerais foi o estado que teve mais motoristas reprovados no bafômetro
(269) e com o maior número de prisões por esse motivo (74).
“A lei mais rígida traz a coerção, a intimidação, mas, além disso,
há uma conscientização da população”, disse Cardozo. Foram feitos mais
de 86 mil testes de alcoolemia com uso de bafômetro durante a operação
do carnaval, aumento de 183% em relação a 2012. Houve um aumento de 37%
no número de autuações e de 23% no número de prisões, ambas relacionadas
ao consumo de álcool.
Ao todo, foram registrados 3.149 acidentes e 1.793 feridos. Em 2012, foram 3.499 acidentes com 2.207 feridos.
Cardozo acentuou que, depois do carnaval, o rigor da Lei Seca vai
continuar. “Se alguém pensa que o rigor vai acabar com o carnaval,
esqueça. Não é porque o carnaval acabou que vai acabar a fiscalização”,
frisou o ministro.
Agência Brasil
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