Famoso por uma gestão no Banco Central, entre 1997
e 1999, na qual queimou mais de US$ 50 bilhões em reservas brasileiras
para sustentar uma ficção chamada paridade do real com o dólar,
economista troca pitacos por um verdadeiro coice; "por que não te
calas?", mandou Gustavo Franco a Lula, em postagem no Facebook; para
ele, estabilidade do País deu certo "APESAR" de Lula e do PT; para
efeito de quem é quem: entre 1994 e 2000, quando Franco foi duas vezes
presidente do BC, dívida externa brasileira saltou de US$ 120 bilhões
para US$ 250 bilhões; a partir do governo Lula, País construiu reservas
superiores a US$ 300 bilhões; por que não te lembras, Gustavo?
247 – Calcula-se entre US$ 40 bilhões e US$ 60
bilhões de dólares o volume de reservas brasileiras lançadas ao mercado
durante a gestão do economista Gustavo Franco na presidência do Banco
Central. Entre 1997 e 1999, especialmente na virada de 98 para 99,
Franco procurou manter o regime de paridade entre o real e o dólar a
custo de injetar grossas quantidades do dinheiro americano em poder no
Brasil em leilões diários.
Ao final desse processo, o País estava com bilhões de dólares a menos
em reservas e estabeleceu-se, pelo mercado, uma desvalorização de mais
de 60% do real sobre o dólar. Sabe-se hoje que todo aquele gasto foi
inútil. Retirado do Banco Central pelo então presidente Fernando
Henrique Cardoso, Franco viu seu sucessor, o economista Armínio Fraga,
catapultar, como seu primeiro ato, a taxa de juros básica da economia
para mais de 40%.
Ficou a impressão generalizada que Franco presidiu um BC de faz de
conta, assentado em bases falsas como a paridade cambial e uma taxa de
juros sem credibilidade. Nos últimos tempos, o mesmo Gustavo Franco tem
dado seguidos palpites sobre o momento da economia (como este aqui).
Nesta quinta-feira 31, mais que um pitaco, deu um verdadeiro coice. Em mensagem publicada no Facebook, o economista mostrou os dentes ao ex-presidente Lula e sugeriu: "Por que não te calas?".
Segundo Gustavo Franco, "a estabilização não foi feita por Lula, mas
APESAR dele". O petista, segundo sua crítica, faz "apropriação
indébita", - "pior que oportunismo", escreve – ao falar da estabilização
e do tripé macroeconômico "como se tivesse sido ele o inventor". O
economista diz ainda que Lula e o PT "sabotaram o Plano Real até onde
puderam, mas fracassaram em atrapalhar o suficiente".
As afirmações são respostas aos ataques de Lula à gestão econômica de
seu antecessor. Nesta quarta-feira 30, ao criticar a ex-senadora Marina
Silva, o ex-presidente declarou que hoje o País tem mais estabilidade
em todos os níveis do que quando ele entrou no governo, em 2003, junto
com ela, que era sua ministra. "Ela deve se esquecer que em 1998 a
política cambial fez esse país quebrar três vezes. (...) Nunca tivemos
tanto tempo de estabilidade econômica como temos agora", disse Lula.
O guru de FHC rebate: "O país se tranquilizou quanto à economia
quando ele, Lula, adotou as políticas macroeconômicas de FHC, que sempre
atacou". O economista responde ainda que "o país não quebrou em 1998,
quando enfrentou uma crise parecida com a de 2008". E justifica: "E a
política cambial de 1994-98, tão fundamental para o sucesso da
estabilização, nada teve que ver com a crise, que vem de fora, como a de
2008".
Brasil 247
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