Leandra Felipe*
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje
(29) uma resolução que solicita o fim do embargo dos Estados Unidos a
Cuba. Com 188 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções, o
organismo multilateral renovou pelo 22º ano consecutivo o pedido para
encerramento da sanção.
A resolução sobre a “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico,
comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba”, está
acompanhada de um relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que
apresenta as respostas dos Estados-Membros do organismo. O embargo foi
imposto em fevereiro de 1962.
O fim do embargo é expressamente defendido pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). “A situação em 2012 foi similar à
dos anos anteriores. O bloqueio afeta as relações econômicas externas de
Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das
atividades sociais e econômicas do país”, indicou a agência da ONU.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)
acrescentou que Cuba vem se modernizando, mas que o bloqueio representa
um entrave às mudanças que o governo de Raúl Castro começou a realizar.
“Os avanços no processo de atualização do modelo econômica são
obstaculizados pelo bloqueio e a inclusão de Cuba, desde 1982, na lista
norte-americana dos Estados que patrocinam o terrorismo”, sinalizou a
Cepal.
A Cepal considerou que, no ano passado, o governo dos Estados Unidos
não fez esforços para diminuir o impacto do bloqueio. “Os danos
acumulados de 1962 até dezembro de 2011 representam mais de US$ 1
bilhão, segundo o último relatório disponível em Havana”, informou.
Apesar do acumulo de prejuízo, Cuba vem realizando mudanças. O
governo de Raúl Castro aprovou uma nova política de migração, que
facilita as viagens de cubanos ao exterior e também a chegada de
turistas à ilha.
Do mesmo modo, os Estados Unidos, desde o ano passado, aumentaram o
prazo do visto de turismo para cubanos, de seis meses para cinco anos.
*Com informações da TV Multiestatal Telesur e Prensa Latina (Agência Pública de Notícias de Cuba)
Agência Brasil
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