Efraim Morais (DEM-PB) escapou de punição no Senado, mas não escapou
da Justiça. A Justiça Federal mandou bloquear R$ 750 mil em bens do
ex-senador, a pedido de uma ação de improbidade administrativa movida no
ano passado pela Procuradoria Geral da República do Distrito Federal.
O ex-parlamentar é acusado de irregularidade num programa para
modernizar o integrar o Poder Legislativo, o Interlegis, entre 2005 e
2008, quando era seu diretor nacional. O Senado, na ocasião, recusou-se
levar o caso ao Conselho de Ética.
De acordo com a acusação da Procuradoria, Efraim deslocou
funcionários do Interlegis para outras funções, inclusive em seu
gabinete de apoio parlamentar na Paraíba. O problema é que os
funcionários do programa só poderiam trabalhar em Brasília, atuando
especificamente para o que foram contratados. O Ministério Público diz
que ele agiu de forma ilegal ao transferir os servidores.
A Justiça Federal agora tornou o ex-senador réu e bloqueou seus bens.
“Nesse contexto, rejeito todas as preliminares arguidas pelo demandado,
porque este era, à época dos fatos, senador da República e há indícios
veementes de que seja o autor de condutas que redundaram em dano ao
patrimônio da União”, diz a decisão da Justiça.
O ex-senador disse que ainda não foi notificado e que não cometeu nenhuma irregularidade.
Outras acusações
Esse não é o primeiro caso envolvendo Efraim Moraes. Em 2011, por exemplo, seis anos após começar a patrocinar um festival de contratos de publicidade sem qualquer tipo de licitação no Senado, ele foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa.
Efraim também ficou conhecido como uma espécie de rei do nepotismo:
nomeou em seus gabinetes de senador e de 1º secretário a filha, o genro,
13 parentes de sua suplente e quase uma centena de cabos eleitorais
pagos pelo Senado para fazerem política e campanhas por ele na Paraíba e
em Brasília.
Blog do Zé Dirceu
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