quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Efraim Morais escapou no Senado, mas não escapou da Justiça

Efraim Morais (DEM-PB) escapou de punição no Senado, mas não escapou da Justiça. A Justiça Federal mandou bloquear R$ 750 mil em bens do ex-senador, a pedido de uma ação de improbidade administrativa movida no ano passado pela Procuradoria Geral da República do Distrito Federal.

O ex-parlamentar é acusado de irregularidade num programa para modernizar o integrar o Poder Legislativo, o Interlegis, entre 2005 e 2008, quando era seu diretor nacional. O Senado, na ocasião, recusou-se levar o caso ao Conselho de Ética.

De acordo com a acusação da Procuradoria, Efraim deslocou funcionários do Interlegis para outras funções, inclusive em seu gabinete de apoio parlamentar na Paraíba. O problema é que os funcionários do programa só poderiam trabalhar em Brasília, atuando especificamente para o que foram contratados. O Ministério Público diz que ele agiu de forma ilegal ao transferir os servidores.

A Justiça Federal agora tornou o ex-senador réu e bloqueou seus bens. “Nesse contexto, rejeito todas as preliminares arguidas pelo demandado, porque este era, à época dos fatos, senador da República e há indícios veementes de que seja o autor de condutas que redundaram em dano ao patrimônio da União”, diz a decisão da Justiça.

O ex-senador disse que ainda não foi notificado e que não cometeu nenhuma irregularidade.

Outras acusações

Esse não é o primeiro caso envolvendo Efraim Moraes. Em 2011, por exemplo, seis anos após começar a patrocinar um festival de contratos de publicidade sem qualquer tipo de licitação no Senado, ele foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa.

Efraim também ficou conhecido como uma espécie de rei do nepotismo: nomeou em seus gabinetes de senador e de 1º secretário a filha, o genro, 13 parentes de sua suplente e quase uma centena de cabos eleitorais pagos pelo Senado para fazerem política e campanhas por ele na Paraíba e em Brasília.



Blog do Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário