Em relação à operação que prendeu quatro servidores da Prefeitura de
São Paulo acusados de desvios milionários na gestão anterior, vale a
pena ser lida a entrevista do prefeito Fernando Haddad (PT) hoje na
Folha de S.Paulo.
Ele diz que esse é “um dos maiores escândalos da cidade”. Haddad
acrescenta que a atual gestão está sendo rigorosa: “Estamos combatendo a
corrupção como nunca. E isso se insere num contexto maior, que é um
plano de reestruturação das finanças do município, com iniciativas de
fôlego e não só conjunturais. A investigação já teve impacto sobre a
arrecadação de ISS. Cortamos R$ 500 milhões em contratos. Atualizamos a
Planta Genérica de Valores [base de cálculo do IPTU]. Repactuamos a
dívida [com a União] e o estoque vai cair R$ 24 bilhões.”
O prefeito ressaltou a importância da CGM (Controladoria Geral do
Município), fundamental para a descoberta do escândalo: “Muitos
imaginavam que ela poderia paralisar a administração. Mas eu falei: ‘O
que eu ouço é que a situação [da máquina administrativa] está
degradada’”.
Questionado se poderá haver abalo com o PSD, o partido do ex-prefeito
Gilberto Kassab, Haddad diz que “a bancada do PSD nunca foi
propriamente da base do governo municipal. Temos um diálogo que vai se
manter. E eles votarão [com a prefeitura] naquilo que for de interesse
comum. O próprio PSDB tem votado temas de interesse da administração”.
Blog do Zé Dirceu
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