Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que haviam sido
paralisadas, devido à ocupação de índios, pescadores e ribeirinhos que
cobravam o cumprimento de condicionantes, foram retomadas hoje (18).
Após dois dias de negociação, a Norte Energia, empresa responsável pela
usina, garantiu que atenderá às pautas de reivindicações apresentadas, o
que inclui a construção de escolas e de postos de saúde para os índios,
além da reforma da Casa do Índio.
Nas reivindicações dos pescadores e ribeirinhos, constavam sugestões de
trabalho e o apoio da Norte Energia às iniciativas para revogar a
Instrução Normativa do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Ibama) que proíbe a pesca de espécies do rio.
Desde o dia 8, as obras de construção civil no Sítio Pimental, um dos
canteiros da usina, estavam paralisadas por causa da ocupação. Apesar
disso, o cronograma da obra foi mantido pela empresa.
Em nota, a Norte Energia informou que, ao receberem as garantias da
empresa, os manifestantes decidiram sair do local para que os cerca de
900 trabalhadores retomem as atividades a partir de hoje.
As reuniões de negociação foram coordenadas pelos procuradores da
Fundação Nacional do Índio (Funai), Leandro Santos da Guarda, e pela
procuradora do Incra, Analice Uchoa Cavalcanti. Estavam presentes
representantes do Ibama, do Ministério Público Federal e da Defensoria
Pública do Estado do Pará.
Agência Brasil
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