sábado, 20 de outubro de 2012

Datafolha confirma IBOPE na ampla vantagem de Haddad, mas campanha só se encerra dia 28


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Haddad

O Datafolha que saiu hoje sobre a disputa do 2º turno em São Paulo (dia 28 próximo) traz praticamente os mesmos números do IBOPE divulgado 24h antes, na noite da 4ª feira. Por este Datafolha, o candidato Fernando Haddad (PT e partidos aliados) está com 49% das intenções de voto e o adversário tucano José Serra (PSDB-DEM-PSD-PV) com 32%.

O levantamento registra o que todos apontam. Haddad continua a crescer e Serra a cair - por esta pesquisa, quatro pontos percentuais em relação à anterior.  Pelo IBOPE divulgado na 4ª feira (anteontem), o petista estava com os mesmos 49% e o tucano com 33%. A novidade, então, é que a rejeição a José Serra bate todos os recordes neste Datafolha de hoje: chegou a 52%. No Datafolha anterior já havia chegado a 45%.

Qual a química, a mágica, como poderia um candidato rejeitado por mais da metade da população, portanto, do eleitorado, ganhar? Muito provavelmente por saber a resposta, o Folhão faz seu principal editorial de hoje na página 2 entregando os pontos. Diz que não tem jeito, Haddad está eleito.

As razões da iminente derrota de José Serra


Por duas razões principais: à altíssima rejeição à gestão do principal apoiador do tucano, o prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, hoje no PSD), que ultrapassa 80% somados os paulistanos que a consideram péssima, má e regular; e ao cansaço com José Serra que a cada dois anos, invariavelmente, pula de galho em galho disputando uma eleição - e eleito abandona, não cumpre o mandato.

O Folhão, meio indiretamente, aponta, ainda, um 3º fator: ninguém segura o prestígio político-eleitoral do presidente Lula que se engajou na campanha do Haddad e repete dois anos depois a façanha de 2010 quando elegeu sua candidata, a presidenta Dilma Rousseff.

O Datafolha confirma, portanto, o Ibope, que por sua vez confirma nossas pesquisas internas e a da Vox Populi etc., o que explica o editorial do jornal. Dentre as razões da iminente derrota do tucanato eu acrescentaria mais, ou melhor, encamparia argumentos que permeiam o noticiário dos jornais hoje.

"Com 52% de rejeição, Serra terá dificuldades para virar o jogo"


Inclusive, o artigo "Com 52% de rejeição, Serra terá dificuldades para virar o jogo" assinado por dois especialistas, os diretores do Datafolha Mauro Paulino e Alessandro Janoni (leia aqui). Ninguém aguenta mais a baixaria que só cresce no tom a cada campanha de José Serra.

A cada dois anos ele traz de volta o preconceito, a discriminação, o negativismo, o conservadorismo, o atraso, reedita o tom de campanhas arcaicas em que ao invés de tratar de propostas e programas de governo, parte para discutir, da forma mais lamentável possível questões de foro íntimo e princípios, como o aborto em 2010 e a homofobia pura em que tentou transformar a campanha deste ano.

Mas, vamos com calma. Como bem destacam editorial, articulistas e a linha toda do noticiário da Folha, ainda faltam nove dias para o 2º turno. Nada de salto alto, de euforia, de comemoração antecipada. A hora é de luta, de consolidar e conquistar mais, de buscar mais votos - e voto a voto, cada um como se fosse o 1º, até às 8 horas do domingo, 28 de outubro, hora do início da votação.
(Foto: Paulo Pinto)


Blog do Zé Dirceu

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