Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Justiça Federal em Minas Gerais condenou vários réus
que figuram na Ação Penal 470, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um
caso derivado das apurações que deram origem ao processo do mensalão.
Entre os condenados, estão o ex-presidente do PT José Genoino, o
ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério.
Eles foram condenados por falsidade ideológica. A decisão é de primeira
instância e ainda cabe recurso.
O processo trata de empréstimos feitos pelo Banco BMG ao PT, por
intermédio do grupo de Marcos Valério. No STF, embora os empréstimos do
BMG sejam citados em vários momentos, só foram denunciados os réus
ligados ao Banco Rural. O processo foi desmembrado, porque o caso BMG
precisava de mais apurações antes do oferecimento da denúncia pelo
Ministério Público Federal (MPF).
Na decisão, a juíza Camila Franco e Silva Velano, da 4ª Vara Federal
em Belo Horizonte, afirmou que os empréstimos foram fraudulentos,
porque o PT não tinha garantias de que poderia pagar a dívida. “Os
dirigentes autorizaram o crédito, sabendo que os empréstimos não seriam
cobrados; os avalistas formalizaram a garantia, sabendo que não seriam
por elas cobrados; os devedores solidários neles se comprometeram,
sabendo que por eles não seriam cobrados.”
A juíza condenou os réus do Banco BMG por gestão fraudulenta de
instituição financeira e os do núcleo político e publicitário por
falsidade ideológica – esses réus chegaram a ser denunciados por gestão
fraudulenta, mas uma liminar no STF impediu que eles fossem julgados por
esse crime.
As maiores penas foram definidas para os dirigentes da instituição financeira: Ricardo Annes Guimarães (sete anos de prisão), João Batista de Abreu (seis anos e três meses) e Flávio Pentagna Guimarães e Márcio Alaôr de Araújo (cinco anos e seis meses de prisão).
As maiores penas foram definidas para os dirigentes da instituição financeira: Ricardo Annes Guimarães (sete anos de prisão), João Batista de Abreu (seis anos e três meses) e Flávio Pentagna Guimarães e Márcio Alaôr de Araújo (cinco anos e seis meses de prisão).
Marcos Valério recebeu pena de quatro anos e seis meses de prisão,
enquanto Delúbio Soares, José Genoino e Ramon Hollerbach foram
condenados a quatro anos. Cristiano Paz foi condenado a três anos e seis
meses e Rogério Tolentino a três anos e quatro meses.
Agência Brasil
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