Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério do Trabalho e Emprego registrou 150.334
novos empregos formais pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no
mês de setembro, o que corresponde a aumento de 0,39% na comparação com o
mês anterior. Foi, porém, o segundo pior desempenho mensal de 2012, com
queda de 28,23% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os números foram divulgados hoje (17) pelo secretário de Políticas
Públicas de Emprego, Rodolfo Péres Torelly, que explicou que o resultado
de setembro manteve a trajetória de expansão do emprego em 2012, mas
sinaliza perda de dinamismo já apontada nos meses anteriores. Neste ano,
só o mês de março teve desempenho melhor que o mesmo período de 2011.
Segundo Torelly, a geração de 1.574.216 empregos no acumulado do ano
equivale a expansão de 4,15% no nível de emprego, mas é 26,89% menor
que os 2,153 milhões de novos postos de trabalho computados de janeiro a
setembro do ano passado. Ele calcula que o número total de empregos no
ano fique em torno de 1,470 milhão, uma vez que os meses de outubro e
novembro são tradicionalmente de baixa geração de trabalho formal e
dezembro tem sido sempre negativo.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
mostram que quase todos os setores da atividade econômica expandiram o
nível de emprego, com destaque para a indústria de transformação, que
gerou 66.191 postos de trabalho, ou 0,80% a mais que no mês anterior. Em
seguida vieram serviços (55.221 vagas, ou +0,35%), comércio (35.919, ou
+ 0,42%) e construção civil (10.175 postos, ou +0,33%). A única queda
foi registrada na agricultura, que demitiu 19.014 a mais que em agosto
(-1,13%) por motivos sazonais.
O desempenho da indústria de transformação foi positivo em onze dos
doze ramos que a integram e mostrou reação em sete segmentos
industriais, comparados ao mês anterior. Destaques para a indústria de
produtos alimentícios (40.366 postos, ou +2,13%), a indústria química
(6.621 vagas, ou 0,69%), a indústria têxtil (4.370, ou 0,42%) e a
indústria mecânica (3.653 postos, +0,59%).
Houve expansão generalizada do emprego em todas as regiões do país,
com mais empregos no Nordeste (71.246), seguido do Sudeste (43.749), Sul
(24.731), Centro-Oeste (5.414) e Norte (5.194). O crescimento de
empregos ocorreu em 23 das 27 unidades da Federação, com maior aumento
percentual (8,72%) no estado de Alagoas, que concentra boa parte da
produção alimentícia e por causa do início da produção de açúcar. Em
números absolutos, o estado teve a criação de 27.572 postos de trabalho
Os estados com queda no número de empregos foram: Minas Gerais
(redução de 1.180 postos de trabalho), Tocantins (933), Acre (101) e
Rondônia (91).
Agência Brasil
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