quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Menina dos olhos de Dilma, Mais Médicos é aprovado

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Agora fica tudo mais fácil para aplicar o programa: texto aprovado no Senado manteve mudanças feitas pelos deputados, com algumas alterações redacionais, e segue agora para a sanção presidencial; registro provisório dos médicos estrangeiros vai ser feito pelo Ministério da Saúde, o que deve acabar com os atrasos dos CRMs; depois de três anos no país, os profissionais serão obrigados a revalidar os diplomas se quiserem continuar trabalhando; programa é principal bandeira da presidente Dilma e na área da Saúde e também uma das plataformas do ministro Alexandre Padilha, que disputará o governo de São Paulo
16 de Outubro de 2013 

Agência Senado

Os senadores aprovaram, em votação simbólica, a Medida Provisória 621/2013, que cria o Programa Mais Médicos. O objetivo do programa é aumentar o atendimento médico no interior do país e nas periferias das grandes cidades, locais onde há carência desses profissionais no atendimento em atenção básica. O médico recebe uma bolsa de dez mil reais por mês, que pode ser paga, por no máximo, seis anos. Além de brasileiros, profissionais estrangeiros também participam do Programa.

O texto aprovado no Senado manteve todas as mudanças feitas pelos deputados, com algumas alterações redacionais, e segue agora para a sanção presidencial. Com as alterações, o registro provisório dos médicos estrangeiros vai ser feito pelo Ministério da Saúde, e não pelos Conselhos de Medicina. A demora na liberação dos registros era um dos principais entraves para que os profissionais estrangeiros começassem a trabalhar. Atualmente, 237 estrangeiros aguardam a emissão do registro provisório, segundo o Ministério da Saúde.

Outras mudanças no texto determinam que depois de três anos no país, os profissionais serão obrigados a revalidar os diplomas se quiserem continuar trabalhando. Os estrangeiros ficam proibidos de exercer medicina fora das atividades do programa. E estarão sujeitos à fiscalização dos Conselhos. Outra alteração foi a permissão para que os médicos aposentados participem do programa.

O relator-revisor da MP, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), ressaltou que o problema da falta de médicos no país é antigo e que a aprovação da MP acontece com atraso. "Tenho 44 anos de formado. E quando eu me formei esse problema da falta de médicos nas regiões do interior, ou mesmo na periferia das capitais, já existia. Então nós estamos aprovando aqui uma medida emergencial até com muito atraso, mas que na verdade pode se tornar uma política de Estado para realmente garantir a presença do médico onde é necessário", afirmou.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Programa já conta com 1.020 médicos selecionados na primeira etapa. Desses, 577 são médicos formados no Brasil e outros 443 têm diploma estrangeiro e atuam no país por meio de registro provisório. Os profissionais estão trabalhando principalmente nas regiões Norte e Nordeste (61%). O Ministério da Saúde estima que quando os 2.597 médicos selecionados na segunda etapa do Programa começarem a atuar, provavelmente ainda este mês, o total de brasileiros beneficiados com o Programa chegará a 13,3 milhões.



Brasil 247

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