Sobre esse material sobre o PCC que vem sendo divulgado pelo jornal O
Estado de S. Paulo, chama atenção o vazamento da investigação. E por
que um vazamento dirigido, só para o Estadão? Tudo indica que o objetivo
é melhorar a imagem do governador Geraldo Alckmin. Por que agora? Qual a
razão?
São diversas interceptações telefônicas – conversas feitas dentro da
prisão, mostrando que a presença de celulares nos presídios de segurança
máxima continua rotineira – que fazem base de uma investigação
conduzida pelo Ministério Público paulista.
Embora o governador candidato à reeleição adote o discurso de que
está cumprindo seu papel na segurança pública e que a criminalidade vem
caindo, a realidade e os fatos dizem tudo.
Depois de 20 anos de gestão
tucana – 9 já de Geraldo Alckmin –, a situação só piorou. O resto é
retórica e propaganda do governo.
Problemas que não acabam
Um pequeno texto publicado pelo próprio Estadão ontem, domingo,
mostra bem o cenário por trás do discurso oficial do tucanato. “Um mar
de ressentimentos e desconfianças acompanha a investigação que mapeou o
Primeiro Comando da Capital”, afirma o jornal.
Isso porque os juízes se recusaram a mandar para o Regime Disciplinar
Diferenciado (RDD) preventivamente os chefes da facção e a decretar a
prisão dos 175 denunciados. “Os juízes se perguntam por que há tanto
celular em presídios de segurança máxima e dizem que foi o governo que
optou ouvir o PCC em vez de agir.”
Está aí a pergunta que o governador deveria responder: por que tantos celulares assim nessas penitenciárias?
E mais: o jornal diz que no Tribunal de Justiça acredita-se que o
Executivo quer legitimar o megaesquema de escutas legais. “Enquanto
isso, o PCC continua pelos telefones a encomendar drogas, armas e
assassinatos no Estado”, conclui o Estadão.
Blog do Zé Dirceu
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