segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Por que esse vazamento dirigido de informações para a imprensa sobre o PCC? - José Dirceu

Sobre esse material sobre o PCC que vem sendo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, chama atenção o vazamento da investigação. E por que um vazamento dirigido, só para o Estadão? Tudo indica que o objetivo é melhorar a imagem do governador Geraldo Alckmin. Por que agora? Qual a razão?

São diversas interceptações telefônicas – conversas feitas dentro da prisão, mostrando que a presença de celulares nos presídios de segurança máxima continua rotineira – que fazem base de uma investigação conduzida pelo Ministério Público paulista.

Embora o governador candidato à reeleição adote o discurso de que está cumprindo seu papel na segurança pública e que a criminalidade vem caindo, a realidade e os fatos dizem tudo. 
Depois de 20 anos de gestão tucana – 9 já de Geraldo Alckmin –, a situação só piorou. O resto é retórica e propaganda do governo.

Problemas que não acabam

Um pequeno texto publicado pelo próprio Estadão ontem, domingo, mostra bem o cenário por trás do discurso oficial do tucanato. “Um mar de ressentimentos e desconfianças acompanha a investigação que mapeou o Primeiro Comando da Capital”, afirma o jornal.

Isso porque os juízes se recusaram a mandar para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) preventivamente os chefes da facção e a decretar a prisão dos 175 denunciados. “Os juízes se perguntam por que há tanto celular em presídios de segurança máxima e dizem que foi o governo que optou ouvir o PCC em vez de agir.”

Está aí a pergunta que o governador deveria responder: por que tantos celulares assim nessas penitenciárias?
E mais: o jornal diz que no Tribunal de Justiça acredita-se que o Executivo quer legitimar o megaesquema de escutas legais. “Enquanto isso, o PCC continua pelos telefones a encomendar drogas, armas e assassinatos no Estado”, conclui o Estadão.



Blog do Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário